O BRASIL DE BEM COM A VIDA, APESAR DO MAL CERCAR OS QUARTÉIS
O Brasil volta a brilhar na cena mundial e isso pode ser atestado pela recepção ao presidente eleito, Lula, durante a COP-27, a mais importante conferência mundial sobre meio-ambiente. O mundo civilizado suspira aliviado com a derrota da extrema-estupidez nas eleições presidenciais brasileiras de 2022.COP é a sigla para “Conference of the Parties” (traduzida por aí como Conferência das Partes), a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que em sua 27ª edição, se realiza em Sharm El Sheikh, no Egito, e reúne representantes governamentais, ambientalistas, ONGs, empresas, em torno do debate sobre a sobrevivência no mundo.
Da parte do Brasil, o sol renasceu entre as brumas – mas é bom não se esquecer que o eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, ainda não tomou posse, e os compromissos oficiais serão assinados pelo atual desgoverno negacionista, o que continua a ser um grave perigo ambiental para todo o planeta. Em verdade, só a partir de janeiro de 2023 é que as coisas voltarão aos eixos.
Mas a presença do eleito é, sem dúvida, por si só, uma grande força para a ciência nos debates sobre as questões climáticas mundiais, ainda nesta edição número 27. O futuro, em termos de posicionamentos, se antecipou em coisa de 45 dias. É um grande alento, mas não assina ainda acordos internacionais.
Não é simples a questão ambiental, e as soluções, inexistentes como passe de mágica, estão muito além das palavras-de-ordem em quaisquer línguas. Os entendimentos não são nada fáceis e as polêmicas são reais e preocupantes. Mas só o fato de um dos países-chaves para a questão ambiental global deixar de ser presidido por um negacionista estúpido, um verdadeiro ser antinatural, já é positivo.
Afastar dos órgãos ambientais brasileiros as quadrilhas antiecológicas que deles se apossaram desde 2019 é fato de enorme importância para o mundo inteiro, será um benefício não só para o Brasil, mas para a Natureza planetária. Mas essas gangues ainda têm até 31 de dezembro para barbarizar e tentar passar mais boiadas pela cerca arrombada na eleição de 2018.Viva a vida! O governo federal negacionista brasileiro está com os dias contados. Isso é para se comemorar, sem dúvida. Apesar da estupidez teimar em cobrar um golpe militar no Brasil e cercar os quartéis com seus miasmas amarelados-esverdeados, a esperança voltou e é verde-natureza, com flores douradas, vermelhas, azuis, pretas, brancas, marrons, lilases... flores de todas a cores, enfim.
NOTAS
# Notícia tristíssima, morreu ontem Isabel, a musa do vôlei, referência também por seus posicionamentos políticos avançados, aos 62 anos.
# Isabel deixa um legado de luta feminista, luta democrática, luta pelo esporte, luta pela vida; e estava integrando a equipe de transição de Lula.
# Marechal Deodoro fez bonito no Dia da República, e Dona Rosa da Fonseca foi figura central da agenda deodorense em 15 de novembro de 2022.
# Instituída pelo prefeito Cacau, a Comenda Dona Rosa da Fonseca passa a ser um dos focos principais da agenda deodorense no dia 15 de novembro.
HOJE NA HISTÓRIA
17 DE NOVEMBRO DE 1889 – Chacina contra ex-escravos no Maranhão, com quatro mortos e muitos feridos, na repressão contra uma revolta causada por boato sobre o retorno da escravatura. Logo depois da Proclamação da República se espalhou na capital maranhense a “fake news” que os republicanos teriam anulado a Lei Áurea e a escravidão voltaria a ser legal. Um ano depois do fim do regime escravocrata, a insegurança era total entre a população negras, e muitas pessoas pretas eram ainda mantidas nas senzalas por escravocratas que não aceitavam a nova legislação e senhores de escravos pressionavam para receber do governo “indenizações” pela “perda de seus bens”. Cerca de três mil pessoas pretas foram as ruas de São Luiz contra o que acreditavam ser uma decisão de República instalada dois dias antes. Protesto contido à bala e, além das mortes, entre os feridos atendidos na Santa Casa maranhense (publicado no ano seguinte), pelo menos quatro amputações foram registradas em decorrência de tiros recebidos. Matheus Gato, doutor em Sociologia pela USP, retrata o acontecido em artigo no portal geledes.org.br
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