Num jogo de gato e rato (não sei quem é quem) a busca pelo queijo (a Prefeitura de Maceió) promete desafios intensos até o início do processo eleitoral. Neste ano, o foco é a montagem dos times (situação e oposição). Quando 2023 começar o circo denúncias e fake news vão esquentar a disputa. Faz parte do modelo político adotado com sucesso em Alagoas, que produz (continuamente) nomes “importantes” para a política nacional.

Mas Maceió tem se mostrado diferente. Ou rebelde, como Renan Calheiros costuma chamar, desde que perdeu a eleição para Guilherme Palmeira, em 1988. Na capital, o eleitorado costuma divergir do restante do Estado, e não é de agora.

E por que destaco este debate de maneira antecipada? Porque JHC deve ser o alvo mais apedrejado no próximo ciclo eleitoral. Mesmo sem grupo político e até sem vice-prefeito (Ronaldo virou vice de Paulo Dantas), o jovem prefeito tem em Maceió o que nem um outro político tem no Estado: liga com o povo. Essa particularidade fez a diferença para suas eleições como federal e na vitória para Prefeitura de Maceió, desbancando as estruturas divergentes.

Alguns nomes da oposição, como o senador-ministro Renan Filho bravejam que JHC não tem nenhuma grande obra. Cada um diz o que quer ou o que precisa ser dito, mas nenhum político de Alagoas tem o domínio das sacadas que fazem o eleitor dizer: a fotografia mudou! Neste item, JHC tem se mostrado imbatível. Imagine se o projeto Renasce Salgadinho realmente funcionar.

• Bem... a novidade, agora, é a implantação do sistema de transporte BRT. Com data prevista para iniciar em abril deste ano, serão 22 estações (a uma distância média de 620 metros entre elas) a partir do Terminal Eustáquio Gomes e terminará na região Central da cidade, na Praça Centenário. Totalizando 14,5 km de extensão. Diferente do sistema de ônibus coletivo, o corredor será implantado à esquerda da avenida, próximo ao canteiro central, aproveitando a largura da via e a presença de uma faixa exclusiva já existente para a circulação dos ônibus. Outro diferencial: As estações serão fechadas e o pagamento das passagens ocorrerá de forma antecipada.

O BRT foi criado na década de 1970, em Curitiba, para melhorar a qualidade dos serviços dos ônibus para a população. No caso de Maceió a proposta é minimizar congestionamentos do fluxo de veículos. O sistema contará com um conjunto de 44 linhas alimentadoras, que captará a demanda dos bairros mais afastados até as estações.

A proposta é levar o sistema até o Centro, Trapiche e Ponta Verde. Considerando as linhas alimentadoras, a população diretamente atendida chegará a 604 mil habitantes, o que representa 65,1% do total da população de Maceió. E mais: Haverá integração tarifária entre todas as linhas do sistema municipal, com a possibilidade de se adotar tarifas integradas com outros modos de transporte, como VLT e linhas intermunicipais.

E por que JHC não é Biu (De Lira)? Porque o então senador (que faz falta em Brasília) trouxe o VLT na marra, mas não conseguiu implantar do Eustáquio à Praça Centenário, passando pelo Centro, Comendador Leão, até o Maceió Shopping. E por que não conseguiu? Não sou delator, mas a política sabe o porquê.

Assim, JHC não é Biu.