Melhor jair investigando antes que prescreva
Toda pessoa é inocente até que se prove o contrário. Menos Jair, pois por seus atos e falas, e delitos assumidos por antecipação (e não foram poucos), o falso messias é culpado até que se prove o contrário. Sinceridade de criminoso é confissão.
Essa obviedade se aplica para seu desastroso governo, tempo em que a certeza da impunidade fazia os de sua laia alardear que aproveitariam a “porteira aberta” para “passar a boiada”, como um dos cúmplices bradou em reunião ministerial gravada.
Quantas boiadas terão passado? Afinal, as porteiras foram arreganhadas. E não só o garimpo ilegal avançou mais pela Amazônia; nem somente queimadas criminosas destruíram imensidões de florestas. Muito mais coisa aconteceu, é certo.
Existe uma lista eficaz sobre as falcatruas do desgoverno do Jair? Não ainda. A PGR silenciou por quatro anos. Mas, em se mexendo nesse terreno, encontrar-se-ão os rastros de muitas boiadas e trincas destroçadas de porteiras mil.
Basta um mínimo de atenção sobre o período 2019/2022 que o estrume do gado do mito estará lá. Daí, é só apurar. Esses primeiros passos – elementares – estão sendo dados, meu caro Watson, e a CGU começa a identificar o estrago.
Reportagem da GloboNews (19/07/2023), diz que a Controladoria Geral da União encontrou “distorção contábil de R$ 202 bilhões em cinco ministérios da gestão B(...)”. Agricultura, Infraestrutura, Educação, Saúde e Cidadania são as pastas observadas até agora.
As distorções são de: R$ 142,9 bilhões (Agricultura), R$ 20,3 bilhões (Infraestrutura), R$ 17,1 bilhões (Educação), R$ 15,9 bilhões (Saúde) e R$ 6,3 bilhões (Cidadania). Além dos valores astronômicos, chama a atenção uma linha de conduta em “ordem unida”.
Necessário é apurar com calma, parcimônia e imparcialidade, pois o País ainda sofre com o açodamento, a imoderação e a parcialidade da famigerada Lava-jato; a infame “república de Curitiba” não pode ser rediviva contra ninguém, nem contra quem dela se beneficiou.
Evidências de mutretas como compra de remédios ineficazes contra o Covid, “presentes” açambarcados, estouro no cartão corporativo, e outras tantas mais, precisam ser investigadas rigorosamente – e sem o vezo do “condenar por convicção”.
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