A mágica dos 3%
Com a população literalmente encalacrada por dívidas – em grande parte impagáveis - fruto da irresponsabilidade das inumeráveis medidas populistas-eleitoreiras dos últimos governos, que garantiram que até o miserável do programa Bolsa Família (já teve outro nome) que recebe a esmola de 600 reais em troca de votar nos políticos de plantão, pudesse se endividar (Pense!) no crédito consignado (que começou admitindo até 20% da renda para endividamento e que atualmente exorbita em indecentes 40%!).
Um assalto dos bancos que operam no Brasil aos bolsos dos aposentados, dos funcionários públicos de menor escalão, dos incautos e agora até aos “bolsistas” do governo.
A dúvida fica por conta de termos também uma das menores produtividades dentre os países de renda média. Costuma-se usar o exemplo de que para fazer o mesmo trabalho, os EUA precisam de 1 homem enquanto o Brasil só consegue fazer o mesmo trabalho com 5 trabalhadores. Ou seja, nossa produtividade é 1/5 da americana (que sequer está entre das 5 maiores do mundo...).
Ou, de um Índice de Desenvolvimento Humano Brasileiro que é um dos piores do mundo; mais de 30% da população se encontra em situação de instabilidade alimentar; dezenas de milhões de nacionais (53% da população) não tem uma casa para morar, o desemprego (que vem baixando nos dados oficiais) campeia entre nossos trabalhados que, somam mais de 40% da força de trabalho desempregada ou subempregada, nossa renda média é uma das menores do mundo dentre os países do porte econômico do Brasil.
Há dezenas de anos o Brasil reserva em seu orçamento de investimentos valores irrisórios, tipo menos de 3% do Orçamento Nacional quando deveria ser – na pior das hipóteses – algo em torno de 15%. Ora, como todos sabem por aqui, o governo é o grande indutor do crescimento... que não tem como ser incentivado com míseros 3%.
Então de onde está vindo esses prováveis 3% de crescimento econômico para 2023?
Não é dos nossos alunos do ensino médio empurrados pelas escolas para o mercado de trabalho sem saber fazer as 4 contas fundamentais (mais de 92%) ou ler e interpretar corretamente um texto simples, corriqueiro mesmo, entre 3 a 5 linhas (mais 90%). E menos ainda dos 17% da população analfabeta, ou dos cerca de 70% semialfabetizados...
Informa o Estadão: “De acordo com a Neurotech, todos os setores que compõem o INDC - Índice Neurotech de Demanda por Crédito registraram queda na primeira parte deste ano, sendo bancos e financeiras os principais responsáveis pela piora na busca por crédito. A taxa do indicador deste segmento apresentou variação negativa de 18% no período de janeiro a junho de 2023. Em seguida aparecem serviços (-10%) e varejo (-9%).
Sem aumento da tomada de dinheiro como pode o pais estar crescendo cerca de 2%? O que levou o ministro da fazenda a afirmar que “fecharemos o ano com um crescimento de 3%?”.
Alguém precisa explicar a “mágica” de como esses índices estão/foram construídos para que um país em crise, sem dinheiro, com o crédito em retração, com um parlamento majoritariamente “gastador”, um judiciário que ano após ano se apossa de gordas fatias do Orçamento Nacional e um executivo nos seus três níveis dominado por oligarquias incompetentes e a turma do “colarinho branco”, chegará ao final deste ano com um crescimento de 3%.
Certamente a turma dos “magos” da economia e suas contas de chegar que ano após ano sempre deram erradas em relação ao desempenho econômico brasileiro, possam justificar essa mágica que o brasileiro comum não sente no seu dia a dia. Muito ao contrário.
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