Uma trégua natalina seria bem-vinda na terra dita “santa”
Neste período natalino, um Herodes bíblico reencarnou na Palestina e/ou Judéia. Voltou espalhando a morte especialmente entre as crianças palestinas (um de seus alvos preferenciais) e palestinos em geral, e hebreus em menor número.
Como as crenças e crendices majoritariamente em guerra são mulçumanas e judaicas, talvez não se dê atenção a ideia de uma “trégua natalina humanitária”, posto o Natal ser invenção própria do Catolicismo – minoritário nessa matança.
Uma trégua natalina seria bela ideia. Simplesmente. Sem mesmo considerar as mitologias religiosas que têm estimulado as disputas assassinas entre judeus, cristãos e muçulmanos pelo domínio da tal “terra santa” (para essas três religiões).Com ou sem trégua neste Natal de 2023, o genocídio tipo herodiano seguirá feroz nos territórios ocupados, ou em ocupação, por Israel. E no lado massacrado (desde 1946) sempre haverá um Hamas para praticar “olho por olho” ou “inocente por inocente”.
Ódio é a marca registrada ali entre os semitas (árabes e hebreus) especialmente desde a chegada em massa dos colonos autodenominados judeus, no início do século XX, à terra onde, dois mil anos antes, existiram os reinos de Judá e de Israel.
Paz dificílima, mas nada é impossível no mundo da política, nem mesmo longas tréguas. “Et in terra pax hominibus bonae voluntatis” merece ser sonhada, sempre, embora a “boa vontade” seja sempre a primeira vítima em quaisquer confrontos.
Nesse cenário, merece ser lido na BBC Brasil, “O apelo por Estado palestino de bilionário israelense que teve filha morta em ataque do Hamas”, mostrando que a dor, a revolta, nem mesmo a vingança, bloqueiam totalmente o bom senso.
Eyal Waldman é milionário, foi soldado israelense e, quando jovem, participou combates contra a resistência palestina. Ele quer vingança contra quem matou sua filha, mas “ainda acredita que os palestinos deveriam ter um Estado – e logo”, reporta a BBC.
“Precisamos mudar a liderança de ambos os lados. E então espero que dentro de dois a quatro anos seremos capazes de fazer a paz e construir dois Estados para os dois povos e seremos capazes de viver juntos uns ao lado dos outros” – diz Eyal Waldman.
Pois é: nem mesmo o ódio pessoal pode obnubilar a visão de que o respeito ao direito palestino de ter também um estado, um país, um pedaço de terra é a única chance de paz. Mas a paz interessa a quem mais mesmo naquela área demoníaca?
HOJE NA HISTÓRIA
Cartaz sobre a eletricidade para toda Rússia e camponeses instalando a “Lâmpada de Ilyich”22 DE DEZEMBRO DE 1920 – Aprovado, pelo 8º Congresso dos Sovietes de Toda a Rússia, o primeiro Plano de Desenvolvimento Econômico, cujo foco era a eletrificação de todo o país como base para vencer o atraso industrial herdado do czarismo.
Conhecido através da abreviatura da “Comissão do Estado para Eletrificação da Rússia” (GOELRO, na tradução da sigla russa para o inglês), o projeto foi supervisionado pelo próprio Vladmir Ilyich Lênin, principal entusiasta da ideia de beneficiar todas as regiões russas com a energia elétrica. Iniciativa, segundo ele, capaz de “elevar o nível de cultura no campo e superar, mesmo nos cantos mais remotos da terra, o atraso, a ignorância, a pobreza, a doença e a barbárie” e que “Comunismo é o poder soviético mais a eletrificação de todo o país”.
No fim do período czarista, a Rússia produzia 1,9 bilhões de kWh e a meta do plano soviético era alcançar 8,8 bilhões de kWh até 1930, objetivo alcançado em 1931 e que avançou para 13,5 bilhões de kw/h em 1932, alcançando 48 bilhões de kWh em 1940. O sucesso do planejamento soviético tornou popular no mundo capitalista a ferramenta dos planos plurianuais para economia e desenvolvimento, em uso até hoje.
Durante muitos anos, mesmo depois da morte de Lênin (em 1924), a luminária mais popular na União Soviética era conhecida como “Lâmpada de Ilyich”, e até uma versão comemorativa – com o perfil do fundador da URSS – foi largamente produzida nos anos 50.
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