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As mulheres estão no limite

Por Gabriela Rosolen* 03/04/2024 13h01
As mulheres estão no limite
Gabriela Rosolen, CEO da Wilu.

Vivemos em uma era onde as demandas sobre as mulheres nunca foram tão intensas. Estudos recentes ilustram um quadro preocupante: as mulheres dedicam significativamente mais tempo às tarefas de cuidado comparadas aos homens, uma realidade que contribui para uma prevalência maior de síndrome de burnout e transtornos mentais entre elas.

Dados coletados pela Agência Brasil e pelo relatório "Esgotadas", do Laboratório de Dados e Narrativas Olga, revelam que, mesmo após a pandemia, a saúde mental das mulheres brasileiras continua em estado crítico. Quase metade delas relata algum tipo de transtorno mental, um número alarmante que exige uma reflexão profunda sobre as causas e as soluções para essa realidade.

A sobrecarga de trabalho, tanto doméstico quanto profissional, é um dos principais fatores que contribuem para o esgotamento feminino. Mesmo com avanços significativos nas últimas décadas em relação à igualdade de gênero, a divisão desigual das responsabilidades ainda persiste. As mulheres muitas vezes se veem equilibrando múltiplos papéis - mãe, esposa, profissional, cuidadora - e enfrentam uma pressão constante para desempenhar com excelência em todas as áreas da vida.

Essa carga mental invisível, que muitas vezes é negligenciada ou subestimada, tem um impacto profundo na saúde mental das mulheres. Elas enfrentam a exaustão de ter que lembrar de todas as tarefas, de gerenciar o tempo e as demandas de todos ao seu redor, de antecipar as necessidades dos outros. Essa sobrecarga emocional constante pode levar a um estado de esgotamento, ansiedade e depressão.

Diante desse cenário, é fundamental que a sociedade reconheça a importância do autocuidado e do bem-estar feminino. O cuidado com a saúde mental não deve ser visto como um luxo ou uma opção, mas como um direito fundamental de todas as mulheres. É necessário que sejam criados espaços seguros e acolhedores para que elas possam expressar suas emoções, buscar ajuda profissional quando necessário e encontrar apoio em suas comunidades.

A Wilu, alinhada com seu compromisso de revolucionar o acesso ao bem-estar, reconhece a urgência de endereçar essas questões com uma abordagem holística e personalizada. As evidências são claras: a sobrecarga de trabalho, tanto doméstico quanto profissional, aliada à pressão por um desempenho impecável em todas as áreas da vida, está levando mulheres ao esgotamento físico e mental.

Acreditamos que cuidar da saúde mental é tão vital quanto cuidar da saúde física. Nosso compromisso é oferecer soluções que não apenas abordem os sintomas, mas que também combatam as causas profundas do sofrimento psíquico feminino. Por meio de terapias personalizadas, programas de desenvolvimento pessoal e profissional e uma comunidade de suporte, a Wilu se posiciona como uma parceira na jornada de bem-estar das mulheres.

Para uma sociedade mais saudável e equilibrada, é imperativo reconhecer e valorizar o bem-estar das mulheres. A Wilu não só confia, mas luta por este movimento, promovendo uma mudança significativa na forma como o cuidado feminino é percebido, trabalhando pelo acesso cada vez maior aos serviços de bem-estar, tornando-os acessíveis e rotineiros. Somente assim poderemos garantir que as mulheres não sejam mais empurradas para o limite, mas sim apoiadas em sua busca por uma vida plena e saudável.

*Gabriela Rosolen é CEO da Wilu, uma empresa dedicada ao bem-estar feminino.