Bananas Verdes
Há um tempo certo pra cada coisa. A gente esquece disso e se perde, ansioso como criança espiando o forno, querendo que o bolo cresça mais rápido. Somos como bananas verdes, ainda no galho, achando que já dá pra cair no mundo e fazer bonito. Mas fruta verde é dura, trava a boca e não tem graça nenhuma. A natureza tem seu jeito, e não adianta empurrar.
A vida, no fundo, é um tempo de espera. O amadurecimento vem na surdina, sem alarde, feito chuva miúda que molha o chão sem pressa. E se a gente se apressa, atrapalha a colheita. O segredo está em descansar no ciclo das coisas, entender que nem tudo acontece quando queremos, mas quando estamos prontos.
E é nessa paciência que mora a sabedoria. Porque chega a hora certa, sempre chega. E quando chega, precisamos saber escolher. É preciso estender a mão e colher o que o tempo amadureceu, nem antes, nem depois. Então, o que antes era travo vira doçura, o que era promessa vira fruto. E a vida, essa danada, escorre macia, como quem sorri sem motivo aparente.
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