A nova narrativa do caos
Impeachment e in-segurança pública certamente serão a base da narrativa de blocos carnavalescos pelo Brasil da folia institucional. Num país sem base de família, sem perspectiva de oportunidades para os mais necessitados e com alto índice de comprometimento entre os poderes e instituições, é natural que a verdade seja, facilmente, colocada debaixo do tapete.
O que os brasileiros assistem neste início de ano revela um futuro (muito próximo) novamente estarrecedor, do ponto de vista político e econômico. É lastimável assistirmos, sem dar a menor importância, a magistratura frenquentar festas bancadas pelos réus. Este “...” acontece em Alagoas e nos demais estados da federação. A capital federal é, tão-somente, o bunker desse movimento que guia os destinos da nação, na contramão da moralidade e do progresso. A desordem que já se apresenta será tratada como narrativa política, com vistas às eleições de 2026.
Quando Bolsonaro foi visto (pela maioria dos brasileiros) como única opção para frear a corrupção no país, poucos observaram o perfil político e social do “mito”. Apenas quatro anos depois, o país passou a ficar dividido e foram os pobres do Nordeste que optaram pelo retorno do sistema anterior. VALE APENA LER DE NOVO: Num país sem base de família, sem perspectiva de oportunidades para os mais necessitados e com alto índice de comprometimento entre os poderes e instituições, é natural que a verdade seja, com facilidade, colocada debaixo do tapete.
Agora, dois anos após a vitória de Lula, judiciário, crime organizado, corrupção e violência pautam a narrativa do caos. Num país onde leis e regras são visivelmente rasgadas, a narrativa das oposições se torna desproporcional, ao ponto de engolir a poderosa propaganda institucional.
É um texto complexo para muitos entenderem, mas qualquer analfabeto – de leitura ou digital – tem convicção de que a narrativa pela autopromoção é tão maléfica quanto os esquemas através da parceria judiciário+política.
O problema de Alagoas e do Brasil não está na segurança pública, mas na insegurança de sabermos que o barco está à deriva.
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