Cultura
Baile das Esmeraldas lota o pátio do Museu Théo Brandão
Momento foi de matar a saudade de participar da folia no Filhinhos da Mamãe que comemorou quarenta anos de folia
Produzida em grande estilo, com roupa preta e fitas coloridas, a boneca Mamãe recebeu os filhinhos no pátio do Museu Théo Brandão (MTB), durante os festejos dos quarenta anos de existência do bloco, ocorrido na última sexta, no pré-carnaval maceioense.
O bloco contou com apresentação da filarmônica Santa Cecília, do grupo Transart, do Afoxé Povo de Exu, do Grupo de Ala Alagoas e do Maracatu Yá Dandara, grupo formado exclusivamente por mulheres.
É a primeira vez que acontece o carnaval do bloco após a pandemia. “Esta é uma noite de emoção e de um percurso da história do carnaval alagoano. A alegria desse momento representa o percurso da nossa mamãe. A reverência à mamãe simboliza a amizade que une todos nós”, disse a museóloga Cármen Lúcia Dantas.
O coordenador do bloco, Ronaldo de Andrade lembrou do momento inicial do bloco carnavalesco. “Só coletivamente podemos construir o melhor para nós mesmos. Quem fundou o Filhinhos da Mamãe não foi uma só pessoa, mas um grupo. O carnaval estava naquela geração nascendo e eclodindo”, recordou.
“Hoje é uma noite para comemorar e agradecer. Aqui é a casa da mamãe e de todos vocês”, disse a diretora do MTB, Hildênia Oliveira, que fez uma homenagem à Cármen Lúcia Dantas, uma das fundadoras do bloco.
Durante o evento, houve premiações simbólicas ao reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, à vice-reitora, Eliane Cavalcanti, e ao pró-reitor de Extensão da Ufal, Cézar Nonato. O saudoso artista e carnavalesco, Gil Lopes, foi homenageado com um estandarte, na presença da família Lopes.
O reitor discorreu sobre a importância do bloco para Maceió e para a Universidade. “O Filhinhos da Mamãe já tem quarenta anos de história e tem sido, via de regra, um fator de integração da nossa Universidade com a cultura popular de Alagoas. Além de ser precursor e além de a mamãe estar hospedada no Museu Théo Brandão, hoje, Alagoas se engrandece de ter um pré-carnaval de rua muito forte e o Filhinhos da Mamãe é o bloco de agregação de toda parte cultural da cidade. Todos os ativos na área de cultura circulam por aí. É um de acolhimento da arte e da cultura alagoana”, destacou Tonholo.
Eliane Cavalcanti, falou como é frequentar a festa carnavalesca no Museu. “Participar do bloco Filhinhos da Mamãe para nós da Universidade é sempre uma honra. Honra porque a gente consegue reunir uma grande quantidade de pessoas da nossa comunidade, honra por termos o Museu envolvido nessa brincadeira, nessa cultura, nessa arte, e por fim, por trazer ao povo alagoano tudo que é o nosso Estado. O bloco traz história, cultura e arte, brincadeira e educação. Depois de dois anos, pós-pandemia, termos a capacidade de nos reunirmos novamente, mostra que estamos passando e vencendo esse processo. Mostra também que a arte e a cultura não podem ficar adormecidas. Vida longa aos Filhinhos da Mamãe!”, disse a vice-reitora.
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