Economia
Viagens de avião estão entre os primeiros serviços a serem retomados
Medidas regulatórias impostas pelos governos de todo o mundo têm afetado o mercado da aviação civil nacional e internacionais pela crise do novo coronavírus. O fechamento de fronteiras e a queda brusca da demanda de passageiros estão levando as companhias aéreas a repensarem seus negócios e ajustarem suas operações.
“A aviação no Brasil registra um faturamento pré-crise de R$ 40 bilhões, com cerca de 60 mil pessoas diretamente empregadas nas três aéreas regulares (Latam, Gol e Azul). É importante entender que as companhias brasileiras entraram muito sólidas nessa crise, somos uma das poucas aviações locais voando ainda”, disse o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz.
Segundo ele, quando a pandemia se instalou, o país possuía aproximadamente 2,8 mil voos diários. Com a diminuição da demanda doméstica de 90% e praticamente 100% da internacional, quem está voando hoje são pessoas com razões inadiáveis e níveis de emergência muito alto, colaboradores que passaram a trabalhar em home office e estão indo de volta para sua cidade natal e os profissionais de saúde.
Diante deste cenário, uma das primeiras medidas tomadas foi obter junto à Anac a redução da malha normal para a malha essencial, com cerca de 170 operações diárias, correspondendo a 8,4% da malha normal e atendendo 27 capitais e 19 cidades consideradas essenciais no ponto de vista de transporte de mercadorias.
Resposta
“Estamos voando muito mais pela parte de baixo do avião do que pela de cima. Os porões estão fortemente ocupados. A aviação continua mantida por conta disso. Do ponto de vista de caixa, saímos de uma queima que chegava a R$ 42 milhões por dia para uma de R$ 5 milhões diariamente. Continuamos debatendo com as estruturas do executivo as próximas medidas de combate à crise.”
Sanovicz acredita também que a capacidade de resposta das aéreas será muito rápida, assim que os passageiros começarem a se sentir seguros e confortáveis a voar novamente. A principal mudança que o presidente da Abear enxerga, relacionada à retomada – que ele afirma que haverá, só não se sabe quando –, será o exercício dos agentes de viagens e profissionais da cadeia de se adaptarem à nova realidade da recuperação primeiramente da aviação doméstica.
“Se pensarmos em daqui seis meses, eu apostaria em um reforço das ações de promoção, vendas e marketing no mercado doméstico, em distâncias mais curtas. E só em um segundo momento no internacional, que vai demorar mais tempo para retomar sua estrutura anterior.”
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