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Empresas alagoanas começam a exportar produtos para os Estados Unidos

Câmara de Negócios Internacionais oferece consultorias para empresas que buscam trabalhar com exportações

Por Redação com assessoria 01/07/2022 17h05
Empresas alagoanas começam a exportar produtos para os Estados Unidos

A possibilidade de vendas de exportação para empresas brasileiras tem crescido cada vez mais. Algo que sempre foi visto como difícil de atingir, hoje consegue ser mais palpável através processo de internacionalização de negócios. Uma prova desse fato é que a gigante do e-commerce, Amazon, anunciou no começo do mês que todas as empresas que são parceiras e comercializam produtos através do site amazon.com poderão exportar por meio da plataforma da companhia. Um serviço que antes era oferecido somente para vendedores convidados.


Uma das especialistas neste nicho de vendas, a Câmara de Negócios Internacionais de Alagoas (CNIA) possui hoje 40 empresas filiadas e para esse processo de exportação ao qual um importador dos Estados Unidos foi conquistado, seis empresas foram selecionadas, sendo quatro de Alagoas, uma da Bahia e uma do Rio de Janeiro.

O presidente da Câmara de Negócios, Luizandré Barreto, ressalta que esta é mais uma possibilidade de internacionalização de vendas que está sendo incentivada através de consultorias. “O objetivo é ajudar a empresa em todos os processos, desde a formatação do preço, descobrir o importador no mercado externo, e principalmente fazer com que a empresa exporte sua primeira carga e receba antecipado seu recurso”, conta.

 Luizandré Barreto, presidente da Câmara de Negócios

Entre as empresas alagoanas que estão nesse processo, a Beeva é uma delas. Especializada na venda de mel, própolis, pólen e suplementos, a instituição é uma das filiadas da Câmara de Negócios que está no processo de exportação para solo americano. A responsável pela empresa Dany Nutels explicou que neste primeiro momento foi enviado os produtos de amostra, um primeiro passo para a exportação efetiva. No entanto, os efeitos dessa decisão já começaram a se destacar no cenário local.

“A internacionalização de produtos apícolas fracionados é um desafio alcançado através dos investimentos realizados em P,D&I (Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação) que refletem na preservação da denominação de origem, valorização e diversificação dos produtos. A exportação é o caminho natural para que a Beeva se mantenha competitiva, gere ganhos de escala produtiva, aperfeiçoe seus procedimentos e alcance seu propósito de salvar a Caatinga através da apicultura sustentável”, comenta Dany.

Em uma projeção mundial, o Brasil já se enquadra entre os grandes exportadores, principalmente nas comomodities. Em mercados como o de manufaturados existe um potencial interessante, mas atualmente ainda anda a passos pequenos. Apesar disso o processo de vendas é desafiador, mas pode ser feito de maneira tranquila caso haja uma rede de apoio para ajudar o empresário nesse quadro de faturamento internacional.

“As empresas precisam passar a segurança e transparência em todo o processo, aprimorar o acervo de conteúdo digital o máximo possível, pois na maioria das vezes a empresa não tem esse material já que a preocupação no mercado interno é bem diferente da demanda de exportação”, destaca o presidente da CNIA.

Além disso, um importante ponto para que esse tipo de venda funcione é o recebimento prévio pelo produto, antes dele ser embarcado. Também é necessário ver de perto as empresas que já performaram nesse cenário anteriormente, avaliando qual mercado o produto irá se sair melhor, para em seguida iniciar as vendas. Na plataforma da Amazon, através do programa Vendas Internacionais, a expansão dos negócios também perpassa áreas importantes como logística e delivery, antes de colocar o produto disponível no mercado.

Entre os benefícios em começar nesse ramo de exportação envolvem abertura de mais pontos de vendas, descobrimento de novas oportunidades em outros países com uso da tecnologia e logística, aprender com outros mercados, a taxa cambial altamente atrativa e o uso de Drow Back. Este último é um movimento de compra de produtos que fazem parte da composição do produto final vendido pela empresa, que são adquiridos em outros países sem a carga tributária brasileira, sendo os impostos o principal fator de encarecimento do produto. Com o Drow Back a empresa termina sendo mais competitiva fora do Brasil do que dentro do próprio país, através da revenda no exterior.

“Além destes indicadores, a exportação acaba fortalecendo a sua própria marca dentro do Brasil por se tornar uma empresa exportadora. Eu particularmente acredito em um câmbio alto a muito longo prazo, pois país que ganha é pais que vende, ou seja, aquele que exportar”, destaca Luizandré.

O presidente ainda finaliza acentuando que não existe um padrão de empresas para participar de programas de internacionalização de negócios, mas que a realidade exige alguns pontos de quem quer abarcar nesse processo. “As empresas precisam de muitos registros para que possam fazer suas vendas e a Câmara tem esse papel que eu julgo fundamental, de criar uma quebra de rupturas do conceito de que o comércio no exterior é impossível”, finaliza.

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