Economia

Saldo Negativo

Déficit nas contas externas brasileiras atinge US$ 2,516 bilhões em abril de 2024

Banco Central divulga dados alarmantes sobre transações correntes, revelando desafios econômicos para o Brasil.

Por Redação com Agência Brasil 24/05/2024 14h02
Déficit nas contas externas brasileiras atinge US$ 2,516 bilhões em abril de 2024
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

As preocupações com as contas externas do Brasil ganham destaque novamente com a divulgação do Banco Central (BC), que aponta um saldo negativo de US$ 2,516 bilhões em abril de 2024. Essa cifra representa uma deterioração significativa em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o déficit foi de US$ 247 milhões.

O cenário preocupante é impulsionado pela redução do superávit comercial, que sofreu uma queda de US$ 578 milhões. Além disso, os déficits em serviços e renda primária aumentaram em US$ 844 milhões e US$ 1,1 bilhão, respectivamente. O chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, ressalta a mudança abrupta nesses indicadores, destacando a reversão da tendência de redução nos déficits em 12 meses a partir de março.

"É um déficit externo baixo para os padrões da economia brasileira que está financiado por capitais de longo prazo, principalmente pelos investimentos diretos no país, que tem fluxos de boa qualidade", enfatiza Rocha.

O investimento direto no país (IDP) registrou um aumento significativo, atingindo US$ 3,867 bilhões em abril, um crescimento de 26% em comparação ao ano anterior. Esse incremento é crucial, pois os recursos provenientes do IDP são direcionados para o setor produtivo, representando investimentos de longo prazo e proporcionando uma base sólida para a economia.

Por outro lado, os investimentos em carteira no mercado doméstico apresentaram uma saída líquida de US$ 6,675 bilhões em abril de 2024, destacando a volatilidade desses fluxos em contraste com a estabilidade dos investimentos diretos.

Destacando a crescente relevância dos serviços digitais, operações por plataformas e pagamento de licenças de softwares, Rocha aponta para uma diversificação nas despesas internacionais. "Embora criptoativos não sejam mais uma novidade, eu diria que ainda estão ganhando mercado", comenta Rocha, evidenciando o papel desses ativos na balança comercial.

Apesar das adversidades, o Brasil mantém um cenário de abertura comercial, como refletido pelo superávit de US$ 6,798 bilhões na balança comercial em abril de 2024. No entanto, é essencial buscar soluções para reverter o atual quadro de déficit nas contas externas, garantindo a estabilidade econômica e fortalecendo a posição do país no mercado internacional.

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