Economia
Crédito do Banco do Nordeste para mandiocultura aumenta 64% em Alagoas
Além de financiamento, ações de capacitação, difusão tecnológica e associativismo impulsionam a atividade
Os financiamentos do Banco do Nordeste (BNB) para a mandiocultura alagoana já somam R$ 3,7 milhões, este ano, até a primeira quinzena de junho. O valor é 64% a mais do crédito contratado para a atividade no mesmo período de 2023. Além de recursos financiados, o BNB apoia o segmento por meio do Programa de Desenvolvimento Territorial (Prodeter), que atua em parceria com instituições e produtores locais, com ações de capacitação, pesquisa, difusão tecnológica, entre outras.
A implantação do Prodeter da Mandiocultura, em Alagoas, ocorreu em 2021, e abrange os municípios de Arapiraca, Feira Grande e Limoeiro de Anadia. O gerente de Desenvolvimento Territorial do BNB no estado, Manoel Roberto Muniz, destaca que o Programa visa à estruturação de atividades produtivas. “No caso da mandiocultura, as ações acontecem no território do Agreste alagoano, mas podemos observar desdobramentos em outras regiões. Os valores financiados estão pulverizados e impulsionam a atividade em todo o estado. O desenvolvimento no Agreste e os resultados já alcançados têm estimulado a mandiocultura de uma forma geral, como meio de diversificação de culturas ou em produção consorciada com outras”, esclarece.
Nos últimos três anos, foram financiados R$ 10 milhões para a atividade em todo o estado, o que representa aumento de 130% do crédito, nesse período.
Agreste
O objetivo do Programa é aumentar, até o final de 2024, a produtividade média por hectare/ciclo da mandioca em 20%, entre os produtores dos municípios participantes do Agreste alagoano.
Segundo o agente de desenvolvimento do BNB, Claudevan Santos, que coordena esse Prodeter, as parcerias realizadas já demonstram resultados como garantia de compra de insumos com preço diferenciado, definição de preço mínimo para a comercialização da mandioca, intercâmbio dos produtores em cooperativas de Sergipe para capacitação e inserção de novas tecnologia na atividade, além de pesquisa para remineralização do solo a partir da utilização do pó de rocha.
Mulheres
Outra ação desenvolvida está capacitando um grupo de 70 mulheres de Arapiraca, Feira Grande, São Sebastião, Girau do Ponciano e Lagoa da Canoa, na produção de derivados da mandioca, como bolos, biscoitos, pé-de-moleque, entre outros produtos.
Claudevan conta que os eventos de treinamento acontecem em parceria com a União das Associações dos Moradores do Agreste Alagoano (UNAMAA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac). “A ideia é estimular o associativismo e padronizar a produção, orientar quanto à higienização e técnicas de produção de alimentos, para viabilizar um volume de produtos que atenda a programas governamentais como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), de modo a garantir a comercialização e gerar renda para essas mulheres”, ressalta. Ao todo são 80 associações que podem se beneficiar da parceria.
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