Economia

Dentro do Esperado

Petrobras Apresenta Prejuízo no 2º Trimestre, Mas Mantém Pagamento de Dividendos

Resultado de R$ 2,6 Bilhões é Atribuído a Eventos Não Recorrentes; Gasoduto Rota 3 Será Concluído em Setembro.

Por Redação com Agência Brasil 11/08/2024 08h08
Petrobras Apresenta Prejuízo no 2º Trimestre, Mas Mantém Pagamento de Dividendos
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

A Petrobras divulgou um resultado negativo de R$ 2,6 bilhões no segundo trimestre de 2024, mas a presidente da companhia, Magda Chambriard, destacou que o desempenho foi "extremamente sólido e dentro do esperado". Em entrevista coletiva, Chambriard afirmou que o prejuízo foi pontual e que os lucros devem retornar nos próximos trimestres. "Nós tivemos nesse segundo trimestre eventos não recorrentes, eventos não recorrentes absolutamente conhecidos do mercado", explicou.

Entre os fatores que impactaram o resultado, Chambriard citou o acordo tributário com o Ministério da Fazenda, que envolveu R$ 19,8 bilhões em litígios relacionados a remessas ao exterior, o acordo salarial 2023-2025 e a desvalorização cambial no período. "Caso não fossem considerados esses fatores, nós estaríamos apresentando resultado positivo em linha com o observado no trimestre passado", afirmou.

Apesar do prejuízo, a Petrobras anunciou o pagamento de R$ 13,6 bilhões em dividendos e juros sobre capital próprio aos acionistas, com parte dos recursos vindo da reserva de remuneração do capital. A União, principal acionista da empresa com 28,67% das ações, será beneficiada.

O diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores, Fernando Melgarejo, não descartou a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários ainda este ano. "O quanto antes a gente tiver uma visão mais clara... vamos fazer as análises e propor, se for o caso, distribuição de dividendos extraordinários", disse Melgarejo.

Preços dos Combustíveis e Estratégia Comercial


Questionada sobre o impacto dos preços dos combustíveis no resultado trimestral, a diretoria da Petrobras reafirmou a estratégia de evitar repassar ao mercado interno a volatilidade dos preços internacionais. Claudio Schlosser, diretor de Logística, Comercialização e Mercados, defendeu a postura da empresa, afirmando que "não transferir para o mercado interno essas variações... é um elemento extremamente importante da nossa estratégia comercial".

Chambriard complementou, ressaltando a atenção da Petrobras às tendências dos preços internacionais e à concorrência. "Aumentar o preço agora seria abrir mão de market share, o que está longe da nossa intenção", disse.

Gasoduto Rota 3: Novo Marco na Infraestrutura de Gás


Em relação aos projetos de infraestrutura, a Petrobras confirmou que o Gasoduto Rota 3, com 355 quilômetros de extensão, estará operacional até setembro deste ano. O projeto visa aumentar o escoamento de gás natural do pré-sal da Bacia de Santos para o Polo Gaslub, em Itaboraí. "Uma entrega extremamente relevante para o estado do Rio de Janeiro e para o aumento da disponibilidade de gás natural em todo o território brasileiro", destacou Magda Chambriard.

Renata Baruzzi, diretora Executiva de Engenharia, Tecnologia e Inovação, informou que os trabalhos estão adiantados e que "no terceiro trimestre a gente vai dar partida na planta e começar a trazer gás através da Rota 3". A expectativa é que o gasoduto tenha uma vazão de aproximadamente 18 milhões de m³ de gás por dia, fortalecendo o abastecimento energético do país.

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