A retomada do horário de verão no Brasil pode gerar uma economia de até R$ 400 milhões na operação do Sistema Interligado Nacional (SIN) entre os meses de outubro e fevereiro, segundo uma nota técnica divulgada pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A mudança no horário, além de diminuir em 2,9% a demanda máxima de energia elétrica, também reduziria o consumo de combustível para termelétricas, um dos principais custos do setor.

“A redução de custos com combustível termoelétrico pode variar entre R$ 244 milhões e R$ 356 milhões, dependendo das condições hidrológicas”, detalha o documento. A economia não se limita ao combustível, pois o estudo também destaca uma diminuição de cerca de R$ 1,8 bilhão ao ano nos custos de contratação de reserva de capacidade, com base em resultados do Leilão de Reserva de 2021.

Além da economia financeira, a adoção do horário de verão promete melhorar a eficiência do sistema elétrico, especialmente no atendimento aos horários de maior consumo, entre 18h e 20h. "É nesse período que o sistema enfrenta desafios com a saída da geração solar e o aumento da demanda por energia", explica o ONS, ressaltando que o impacto positivo será mais significativo nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul.

Embora o horário de verão se mostre eficaz para reduzir o crescimento da carga em momentos críticos, o ONS pondera que “após as 20h, o crescimento da demanda é retomado, alongando o processo de rampeamento”. A nota técnica também indica que, apesar de não reduzir a carga média diária de forma significativa, há “reduções importantes em dias úteis, sábados e domingos” nas horas de maior demanda, beneficiando o SIN como um todo.