O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, declarou em coletiva que a profissão de motorista de aplicativo deve passar por uma transformação profunda ao longo dos próximos anos. Segundo ele, a integração entre inteligência artificial e veículos autônomos irá, gradualmente, substituir a atuação de condutores humanos.

Khosrowshahi afirmou que esse avanço já é irreversível:
“Daqui a 15 ou 20 anos, o veículo autônomo vai dirigir melhor do que qualquer motorista humano. Ninguém consegue ser tão bom assim. Robôs não se distraem.”

De acordo com o executivo, haverá um período de cerca de dez anos no qual motoristas humanos e carros autônomos coexistirão nas ruas. Porém, com o tempo, a presença humana deverá diminuir significativamente.

Crescimento da Uber e mudanças no horizonte

Fundada em 2009, a Uber se consolidou como uma das maiores plataformas de transporte global, reunindo mais de 7 milhões de motoristas e entregadores nos Estados Unidos. No Brasil, o número de cadastrados ultrapassa 1,4 milhão.

Com o rápido avanço tecnológico, veículos autônomos já realizam rotas simples em algumas regiões. Em Las Vegas, carros da Tesla operam deslocamentos entre o aeroporto e áreas centrais, e a expectativa é de que esse tipo de serviço se torne cada vez mais comum no mundo.

Pesquisas mostram tendências e desafios

Um estudo da Universidade da Califórnia comparou 2.100 acidentes envolvendo veículos autônomos com 35 mil casos de motoristas humanos. A análise revelou que, embora os carros automáticos adotem estratégias de segurança mais consistentes, apresentam maior risco de acidentes durante a noite.

Outra pesquisa, baseada em modelo desenvolvido pela Universidade de Oxford e aplicada por especialistas brasileiros, aponta para um impacto expressivo no mercado de trabalho do país: mais da metade das profissões atuais pode desaparecer nas próximas duas décadas devido à automação.