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Desculpas Papal

Papa Francisco Oferece Desculpas por Palavras Ofensivas sobre Comunidade LGBT

Vaticano esclarece declarações polêmicas do pontífice e enfatiza compromisso com inclusão.

Por Redação com Agência Reuters 28/05/2024 15h03
Papa Francisco Oferece Desculpas por Palavras Ofensivas sobre Comunidade LGBT
Foto: Reuters / Remo Casilli

Após ampla repercussão sobre suposto uso de termo homofóbico, o Vaticano veio a público nesta terça-feira (28) para esclarecer o ocorrido, afirmando que o papa Francisco não teve a intenção de proferir palavras depreciativas em relação à comunidade LGBT e pediu desculpas a quem se sentiu ofendido.

"O papa nunca teve a intenção de ofender ou usar termos homofóbicos e pede desculpas àqueles que se sentiram ofendidos pelo uso de um termo relatado por outros", declarou o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, em comunicado enviado por e-mail.

O suposto incidente ocorreu durante uma reunião privada com bispos italianos, onde Francisco teria usado o termo italiano "frociaggine", que pode ser traduzido como "bicha" ou "viado", ao se manifestar contra a admissão de gays no sacerdócio.

Segundo relatos da mídia italiana, o pontífice, como argentino, pode não ter percebido a carga ofensiva do termo em italiano. O porta-voz do Vaticano afirmou que o papa estava ciente das reportagens.

Apesar de suas palavras terem causado choque e consternação, especialmente entre seus seguidores, Francisco reiterou seu compromisso com uma igreja acolhedora para todos, onde "ninguém é inútil, ninguém é supérfluo, há espaço para todos".

A linguagem empregada pelo papa foi considerada "desprezível e surpreendente" pelo teólogo italiano e ex-padre Vito Mancuso, ressaltando uma aparente dissonância com suas mensagens anteriores sobre questões LGBT.

Francisco, que tem 87 anos, é conhecido por suas posições consideradas mais progressistas em relação à comunidade LGBT, embora tenha enfrentado críticas de grupos conservadores. Em 2013, ele declarou: "Se uma pessoa é gay e busca Deus e tem boa vontade, quem sou eu para julgar?".

No ano passado, permitiu que padres abençoassem casais do mesmo sexo, provocando reações substanciais entre os conservadores. Em 2018, o papa reconheceu ter cometido "erros graves" ao lidar com a crise de abuso sexual no Chile, pedindo desculpas às vítimas.

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