No Brasil, aproximadamente 625 mil pessoas necessitam de cuidados paliativos, uma forma de assistência voltada para garantir uma melhor qualidade de vida a quem enfrenta doenças graves, crônicas ou terminais. Diante dessa demanda, o Ministério da Saúde lançou a Política Nacional de Cuidados Paliativos no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), uma iniciativa que promete revolucionar o atendimento médico no país.

Equipes Multiprofissionais em Todo o País

Para implementar essa política, está prevista a formação de 1,3 mil equipes em todo o território nacional, sendo 20 equipes destinadas ao estado de Alagoas. Dessas, 485 serão equipes matriciais, responsáveis pela gestão dos casos, e 836 equipes assistenciais, que prestarão a assistência direta aos pacientes. Cada equipe será composta por médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos, com a possibilidade de inclusão de outros profissionais de saúde conforme a necessidade.

Atendimento Mais Humanizado e Ampliado

Anteriormente, o acesso aos cuidados paliativos era limitado e concentrado em regiões específicas do país, como Sudeste, Sul e Centro-Oeste, deixando desassistidas as regiões Norte e Nordeste. Agora, com a implementação da política, três eixos fundamentais guiarão os cuidados paliativos no SUS:

Criação de equipes multiprofissionais para disseminar práticas em toda a rede de saúde;
Promoção de informação qualificada e educação em cuidados paliativos;
Garantia do acesso a medicamentos e insumos necessários.
Ampliação do Acesso a Especialistas

A Política Nacional de Cuidados Paliativos se integra ao Programa Mais Acesso a Especialistas, visando ampliar e qualificar o acesso à Atenção Especializada em Saúde (AES) para pacientes em situações de ameaça à vida. O objetivo é oferecer um atendimento mais ágil e eficiente, reduzindo a burocracia para encaminhamentos e exames especializados.

Essa iniciativa é resultado de uma demanda popular e de especialistas, e chega para aprimorar os serviços já oferecidos no SUS em diferentes instâncias de saúde, como hospitais gerais, centros de atenção oncológica e outros, garantindo um atendimento mais humano e eficaz para quem mais precisa.