O Brasil eliminou a filariose linfática, conhecida como elefantíase, como um problema de saúde pública, conforme anunciou o Ministério da Saúde. A doença, que causa incapacidades permanentes, era endêmica na região metropolitana do Recife, incluindo as cidades de Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paulista. O último caso confirmado ocorreu em 2017.

A filariose linfática é provocada pelo verme Wuchereria Bancrofti e transmitida pela picada do mosquito Culex quiquefasciatus, o popular pernilongo. Entre os sintomas mais graves estão inchaços nos membros, seios e bolsa escrotal, levando à incapacidade. "Eliminar uma doença é uma conquista importante e que exige um compromisso inabalável", declarou Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Tedros também parabenizou o país pela conquista. "O Brasil libertou sua população de uma doença dolorosa e incapacitante. Isso traz esperança para outras nações que ainda enfrentam o desafio da filariose linfática", afirmou.

O Brasil agora integra a lista de 20 países que eliminaram a filariose linfática, junto a nações como Malawi, Egito e Tailândia. Ainda assim, nas Américas, República Dominicana, Guiana e Haiti continuam endêmicos, necessitando de medidas de tratamento em massa para interromper a transmissão da doença.

A OMS também destacou que o Brasil se tornou o 53º país a eliminar ao menos uma doença tropical negligenciada. Atualmente, 657 milhões de pessoas em 39 países ainda precisam de tratamento contra a filariose linfática. A meta global é eliminar pelo menos 20 dessas doenças até 2030.