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Aprovação de Lula cai e desaprovação cresce nas regiões Sul e Sudeste

Pesquisa Quaest revela aumento da preocupação com economia e corrupção, impactando a avaliação do governo.

Por Redação com Site* 02/10/2024 13h01
Aprovação de Lula cai e desaprovação cresce nas regiões Sul e Sudeste
Foto: reprodução/Canal Gov

A nova pesquisa da Quaest aponta que a aprovação do governo Lula caiu de 54% em julho para 51% em setembro, dentro da margem de erro de dois pontos percentuais. Ao mesmo tempo, a desaprovação ao governo subiu em algumas regiões, especialmente no Sudeste e Centro-Oeste/Norte, onde o impacto das questões econômicas e da corrupção tem ganhado relevância.

Felipe Nunes, diretor da Quaest, aponta que a perda de aprovação está ligada à falta de identidade própria do atual governo. “O governo não está conseguindo se diferenciar do governo anterior e com isso vai perdendo identidade. Se não fosse o Nordeste e os mais pobres, que votaram no Lula em 2022, a situação seria pior. Ou seja, o que segura o governo é seu recall, não a conquista do novo governo”, afirmou Nunes em entrevista à GloboNews.

A pesquisa, realizada entre 25 e 29 de setembro com 2 mil pessoas, destaca que a desaprovação no Sudeste saltou de 48% para 53%, enquanto a aprovação caiu de 48% para 45%. No Centro-Oeste/Norte, a desaprovação subiu de 42% para 46%, com a aprovação também recuando de 53% para 49%. Já no Sul, os números estão tecnicamente empatados, com 53% de desaprovação e 42% de aprovação.

Os dados mostram ainda que o Nordeste continua sendo o grande reduto de apoio ao governo Lula, com 69% de aprovação e apenas 26% de desaprovação. A região, que historicamente votou no petista, se mantém como a principal base de sustentação do presidente em seu terceiro mandato.

A pesquisa também revelou variações na avaliação de Lula de acordo com a renda familiar dos entrevistados. Entre os que ganham até dois salários mínimos, 62% aprovam o governo (eram 69% em julho) e 32% desaprovam (eram 26%). Já entre aqueles que ganham acima de cinco salários mínimos, a desaprovação subiu para 57%, com uma aprovação de apenas 40%.

Além disso, as preocupações econômicas e a corrupção são temas cada vez mais citados pelos brasileiros. O levantamento indica que o aumento da preocupação com a economia passou de 21% em julho para 24% em setembro, enquanto a preocupação com a corrupção subiu de 12% para 13%. Essas questões parecem ser determinantes na piora dos índices de aprovação do governo Lula, especialmente entre os eleitores de maior renda e os que têm ensino superior incompleto ou mais, onde a desaprovação chega a 59%.

Com as eleições se aproximando, a queda na aprovação de Lula e o crescimento da desaprovação podem trazer novos desafios para o governo, que enfrenta um cenário de incertezas e um eleitorado cada vez mais atento às questões econômicas e sociais.

*Diário do Brasil Notícias

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