A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou por unanimidade, nesta terça-feira (8), o nome de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central. A indicação segue agora para o plenário, marcando a primeira votação para o comando da autoridade monetária após sua autonomia, estabelecida em 2021.

Com 26 votos favoráveis e nenhum contrário na CAE, a sabatina de quase quatro horas trouxe à tona questões sobre a autonomia do Banco Central e o papel de Galípolo à frente da instituição. Em sua fala, o economista destacou a garantia dada por Lula de liberdade para tomar decisões no cargo. “Toda vez que encontrei o presidente Lula, ele garantiu de forma enfática a liberdade na tomada de decisões, com o compromisso de atender ao povo brasileiro”, afirmou.

Durante a sabatina, Galípolo reforçou que o BC deve manter o foco nas metas de inflação, destacando que o processo de desinflação será "lento e custoso". Ele acrescentou: “A atuação do Banco Central tem sido inequívoca na perseguição da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional”.

A aprovação unânime também contou com elogios da oposição. Galípolo, que foi braço-direito de Fernando Haddad na Fazenda e atualmente é diretor de Política Monetária do BC, enfatizou seu compromisso com a estabilidade financeira e a responsabilidade do cargo.