Inimigos ao longo dos anos, os governos do EUA e da Venezuela confirmaram, em entrevista coletiva realizada na segunda-feira, 7, que os dois países iniciaram conversação sobre “questões energéticas”.

“O propósito da viagem pelas autoridades foi discutir vários pontos, incluindo algumas questões energéticas, mas também falar sobre o bem-estar dos cidadãos”, afirmou a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki.
 
As negociações dos EUA acontecem após uma escalada no preço do barril de petróleo, em consequência da Guerra na Ucrânia, e das discussões sobre suspender a compra de combustível russo.

“O presidente [Joe Biden] fará tudo em seu alcance para reduzir o impacto ao povo americano, inclusive o preço da gasolina nos postos. Mas Putin invadiu um país soberano, isso levou a instabilidade no mercado.” E complementou: “Nós vamos continuar falando com grandes produtores de petróleo pelo mundo todo para conseguir mitigar esse impacto”.

Sobre medidas para reduzir o consumo de petróleo russo, Psaki afirmou que é um ponto em discussão, mas não revelou prazos nem confirmou decisões.

13º dia de conflito

Os confrontos na Ucrânia continuam, 12 dias após a invasão da Rússia. Ainda nesta segunda-feira, as delegações russa e ucraniana se reuniram para uma nova rodada de negociações. A conversa terminou com “pequenos avanços” sobre os corredores humanitários.

Desde o início da guerra, mais de 1,7 milhões de pessoas fugiram da Ucrânia, segundo informações da Agência da ONU para refugiados. Ainda hoje, uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou para a Polônia levando mantimentos aos refugiados e retornará trazendo brasileiros que fugiram do conflito.