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Cerca de 60% das crianças ainda não tomaram 2a da vacina contra a Covid-19

Por Secom/Maceió com Secom/Maceió 09/03/2022 11h11 - Atualizado em 09/03/2022 12h12
Cerca de 60% das crianças ainda não tomaram 2a da vacina contra a Covid-19
Público-alvo é de crianças entre 6 e 11 anos de idade - Foto: Victor Vercant/Secom-Maceió

A Prefeitura de Maceió convoca a população a atualizar a imunização das crianças contra a covid-19. Atualmente cerca de 60% dos meninos e meninas que estão aptos a tomar a segunda dose ainda não compareceram aos pontos de vacinação. O público é formado por crianças de 6 a 11 anos, que desde sexta-feira (4) já podem tomar o reforço da Coronavac.

Especialistas afirmam que a vacinação pediátrica é fundamental para controlar a circulação do vírus e para a proteção das crianças, público ainda não completamente vacinado.

O Boletim Infogripe, divulgado na última sexta-feira (4) pela Fundação Oswaldo Cruz, informa que de modo geral, houve redução da tendência de síndromes gripais, no longo (últimas seis semanas) e curto prazos (últimas três semanas) com prevalência do coronavírus nos registros de infecção em todas as faixas etárias analisadas. No entanto, apesar do cenário de queda na população em geral, a incidência de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) em crianças apresentou “ascensão significativa” de 23% no período de 1º de janeiro a 6 de março. A análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 28 de fevereiro.

Alerta

O pesquisador e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, alerta em nota divulgada pela Fiocruz, que na faixa etária de 5 a 11 anos, neste momento em que as crianças ainda não completaram o ciclo de vacinação contra a Covid-19, o risco de infecção é relativamente mais alto, ainda que os casos na população em geral estejam diminuindo.

"Em função disso, é importante que os responsáveis levem suas crianças para os postos de vacinação e estejam atentos à data para a segunda dose", enfatiza o pesquisador.

Ele chama a atenção para a importância de toda a população seguir com os cuidados básicos como o uso de máscaras, principalmente em ambientes internos como lojas, mercados, salas de aula e transporte público, além de seguir evitando locais com muita gente para diminuir o risco de levar o vírus para os mais vulneráveis.

"Isso também vai ajudar a proteger de outros vírus respiratórios que são causa importante de internações em crianças pequenas, como é o caso do vírus sincicial respiratório. A vacinação da população adulta diminuiu radicalmente o risco de casos graves, mas a epidemia ainda está presente”, reforça o pesquisador.

Em resposta a perguntas encaminhadas por meio das redes sociais da Prefeitura, o médico infectologista Renee Oliveira, que atua no PAM Salgadinho, reforça a necessidade de vacinar as crianças e a segurança dos imunizantes disponíveis para este público.

“Devemos levar em consideração que vacinas e crianças são duas situações que caminham juntas há várias décadas. A vacina Coronavac é uma tecnologia antiga, de muitas vacinas que são aplicadas no dia a dia para as crianças, com poucos efeitos colaterais. São vacinas extremamente seguras, principalmente quando levamos em consideração quantas doses já foram aplicadas e que poucas crianças apresentaram efeitos colaterais comprovadamente relacionados às vacinas. Elas são seguras para as crianças. Os órgãos de controle, a Anvisa aqui no Brasil, a FDA nos EUA, na Europa, na China, em todos os países, têm um grau elevado de responsabilidade e não iriam aprovar vacinas sem comprovar sua segurança”, afirma o médico infectologista.

Ele lembra que as crianças são o último público a iniciar a imunização e estão, portanto, vulneráveis à infecção por coronavírus.

“As crianças não vacinadas estão suscetíveis à Covid-19. As crianças pegam a Covid-19 e adoecem também, precisamos ter isso em mente. Mesmo as crianças assintomáticas podem disseminar o vírus, por isso, precisamos ter o máximo de cuidado com essas medidas em geral. A vacinação para as crianças de 5 a 11 anos vai melhorar bastante essa situação”, alerta Renee Oliveira.

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