A saída de Galvão Bueno da Globo, embora inesperada, não foi encarada exatamente como uma surpresa nos bastidores da emissora. Isso porque ela reflete uma tendência de mercado de colocar fim a salários acima da média atual. 

Para se ter uma ideia, o narrador empatava com Fausto Silva como maior cachê do canal: cerca de R$ 5 milhões mensais. Desde 2021, no entanto, para se ajustar à nova realidade, fez um acordo para diminuir para R$ 800 mil o seu soldo.

Faustão, por sua vez, preferiu seguir para a Band, em esquema de parceria, dividindo lucros e gastos. Ele pode ter feito um grande negócio, visto que uma cota anual de seu programa foi vendida para um banco pela bagatela de R$ 89 milhões. 

No caso de Galvão, a Globo entendeu que há dois nomes fortes para sucedê-lo: Cleber Machado e Luís Roberto. Da mesma maneira, jovens promessas, como Gustavo Villani começarão a ganhar mais exposição. O caso de Galvão não é exceção. 

A renovação dos autores de novela diminui bastante os salários, hoje distantes do que ganhavam medalhões como Aguinaldo Silva e Gilberto Braga. O fim do banco de elenco por contratos fixos também segue o mesmo planejamento.

Nomes que eram a cara do canal, como Antonio Fagundes, Vera Fischer e Miguel Falabella, agora trabalharão por obra certa para evitar que estrelas com salários em torno dos R$ 400 mil fiquem em casa por longos períodos sem trabalhar.

Hoje, atores famosos com carreira por se estabelecer, têm salários em torno de R$ 40 mil, bem longe dos R$ 250 mil, cifra próxima do que estrelas como Adriana Esteves e Rodrigo Lombardi ganham.

Caso confirmada, a saída de Fátima Bernardes do "Encontro", em agosto, também vai gerar grande economia. Dificilmente que a substituir chegará na casa de R$ 1 milhão fixo como hoje. 

Há, claro, exceções. Luciano Huck, por exemplo, é uma delas.