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PRECONCEITO

‘Branca e sem filhos’: loja é acusada de racismo após anúncio de vaga

Por Redação com site* 28/01/2024 11h11 - Atualizado em 28/01/2024 11h11
‘Branca e sem filhos’: loja é acusada de racismo após anúncio de vaga

A divulgação de uma vaga de emprego para uma loja na cidade de Caetité, no sudoeste da Bahia, chamou atenção por conta das exigências. A lista incluía ser "solteira, sem filhos, que se declare expressivamente de cor branca e seja dócil e gentil". A empresa está sendo acusada de racismo e misoginia.

As exigências para a vaga ainda incluía idade mínima de 18 anos e ensino médio completo.

Postada das redes sociais, a mensagem viralizou rapidamente, gerando revolta na população local. O conteúdo foi apagado após a repercussão.

O Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial da Prefeitura de Caetité se pronunciou e emitiu uma nota de repúdio. O comunicado diz que a pasta recrimina "qualquer ato ou ação de intolerância, discriminação, preconceito ou quaisquer outros atos que atentem contra a honra e dignidade humana".

Veja na íntegra o pronunciamento da Prefeitura de Caetité

Diante do fatídico caso de racismo, misoginia e machismo praticado por lojista da cidade de Caetité-BA, ao anunciar vaga de emprego para o seu estabelecimento em sua redes sociais, o Conselho Municipal da Promoção da Igualdade Racial de Caetité, vem a público repudiar todo e qualquer ato ou ação de intolerância, discriminação, preconceito, ou quaisquer outros atos que atentem contra a honra e dignidade da pessoa humana, bem como para reafirmar o seu compromisso com a promoção da igualdade racial, zelando pela defesa do povo Caetiteense e pelo enfrentamento de toda forma de intolerância ou tentativa de supremacia racial praticada contra quem quer que seja.

O Estado Democrático de Direito não comporta esse tipo de ataque, objetivando sempre a reprovação e prevenção dos crimes, especialmente os crimes de racismo e de injúria racial, notadamente porque são crimes que atingem, direta ou indiretamente, uma coletividade indeterminada de indivíduos.

Discursos e postagens conforme veiculam nas redes sociais só reforçam a necessidade de continuarmos conclamando nossa sociedade a refletir sobre os fundamentos e os princípios que norteiam a nossa República, que vão na contramão de qualquer ato de intolerância, racismo, discriminação ou preconceito.

Este Conselho estará de pé e atuante frente ao caso supramencionado, tomando todas a medidas legais e cabíveis para que a justiça seja feita e o culpado seja punido, seremos sempre contrários às práticas discriminatórias, enfileirando-nos em defesa dos direitos constitucionalmente resguardados.

*Ibahia

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