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Passageiro diz à polícia que motorista não conhecia trajeto da Serra da Barriga
O acidente, que deixou 18 mortos e mais de 20 feridos, aconteceu nesse último domingo (24)
A Polícia Civil de Alagoas iniciou a coleta de depoimentos sobre o trágico acidente que vitimou 18 pessoas em União dos Palmares, na Serra da Barriga, no último domingo (26). O primeiro a ser ouvido foi Matheus Lopes, passageiro que conseguiu escapar do ônibus minutos antes da queda do veículo, de uma altura superior a 400 metros.
Em seu depoimento, dado na manhã de terça-feira (26), Matheus, que trabalha na Secretaria de Cultura de União dos Palmares, relatou à polícia que o motorista do ônibus, Luciano de Queiroz Araújo, de 47 anos, não estava familiarizado com o trajeto da Serra da Barriga. Luciano, que também faleceu no acidente, teria demonstrado incerteza sobre o caminho, chegando a questionar, em determinado ponto, "onde ficava o local" e se já estavam perto do destino final.
Sobre os momentos que antecederam o acidente, Matheus afirmou que o ônibus perdeu tração no final da subida da serra. Durante o incidente, o motorista desligou o veículo, momento em que o ônibus perdeu os freios e a direção, resultando na tragédia. "O motorista tentou recuar um pouco, pedindo para os veículos que estavam atrás passarem, mas ao desligar o ônibus, perdeu o controle", relatou o sobrevivente, conforme a versão do delegado Guilherme Iusten, responsável pela investigação.
Ainda segundo o delegado, é cedo para confirmar as causas exatas do acidente e os relatos de testemunhas serão confrontados com os laudos periciais. A Polícia Civil investiga, também, se o desligamento do motor teve impacto no funcionamento do veículo.
Investigação segue com depoimentos
Além de Matheus, outros envolvidos serão ouvidos, incluindo o proprietário do ônibus, a associação responsável pelo transporte e a esposa do motorista falecido. A Polícia Civil também tomará depoimentos dos responsáveis pelas vistorias realizadas no veículo nos últimos meses.
O motorista Luciano de Queiroz Araújo, segundo as investigações, não era o proprietário do ônibus. Ele teria retirado o veículo horas antes de realizar o trajeto na Serra da Barriga. A vistoria do ônibus é realizada por uma empresa privada, e os dois últimos vistoriadores foram intimados para esclarecer os detalhes da inspeção do veículo.
A investigação segue em andamento, com a polícia mantendo contato com os peritos para esclarecer as causas do acidente.
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