A Câmara Municipal de Maceió (CMM) aprovou, nesta quinta-feira (19), durante Sessão Ordinária, o requerimento do vereador Leonardo Dias (PL) para a realização de uma Audiência Pública. O objetivo é discutir os impactos econômicos e sociais da proibição de estacionamento na orla de Maceió, causada pela implantação da chamada faixa verde.

Para o vereador Leonardo Dias, a audiência é essencial para promover um debate abrangente entre todos os setores da sociedade, com o intuito de encontrar soluções que conciliem a mobilidade urbana com os interesses da população que reside e trabalha na região da orla da capital alagoana.

Desde o anúncio das mudanças na orla da Ponta Verde, ambulantes, comerciantes e moradores têm manifestado suas preocupações ao vereador. Como resultado, ele tem defendido a importância de um diálogo mais profundo para encontrar alternativas que atendam às necessidades da população local.

As novas regras de trânsito geraram reações variadas entre moradores, empresários e frequentadores da área. Representantes de setores como bares, restaurantes, turismo, hotelaria e comércio expressaram apreensão quanto aos possíveis prejuízos econômicos decorrentes da falta de vagas de estacionamento. Segundo esses grupos, a medida pode afastar clientes e turistas, prejudicando o faturamento dos estabelecimentos locais.

Em resposta a essas preocupações, a Justiça de Alagoas, por meio de uma decisão liminar de 17 de dezembro de 2024, suspendeu imediatamente as alterações no trânsito da Avenida Silvio Carlos Viana. A medida também determinou a paralisação das obras em andamento e a revisão das regulamentações que impedem o estacionamento na via.

Diante desse cenário, o vereador Leonardo Dias também solicitou o cancelamento das multas aplicadas aos motoristas durante o período em que as mudanças estavam em vigor.

“O momento é propício para a realização de uma Audiência Pública que debata os efeitos econômicos e sociais da proibição de estacionamento na orla de Maceió. Será uma oportunidade para ouvir a população, os empresários, os trabalhadores afetados e encontrar alternativas viáveis que conciliem a mobilidade urbana, a qualidade de vida dos moradores e o desenvolvimento econômico da região”, afirmou o vereador.