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Motivação do atentado que resultou na morte de menina de 3 anos em Maceió é esclarecida
Os responsáveis pelo atentado que resultou na morte da menina Maria Alice, de apenas 3 anos, estavam envolvidos em uma disputa por pontos de venda de drogas na comunidade do Ouro Preto, em Maceió. Após serem expulsos do bairro, retornaram ao local em busca de vingança contra um parente da criança, que seria o alvo real da ação criminosa. Os suspeitos, com idades de 21 e 22 anos, morreram em um confronto com policiais militares na madrugada desta quarta-feira (22), em Coruripe, no Litoral Sul de Alagoas, onde estavam escondidos.
A confirmação foi feita pelo delegado Sidney Tenório, durante entrevista coletiva na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), nesta quarta. No entanto, a SSP não revelou o grau de parentesco entre o verdadeiro alvo e a menina, nem se havia envolvimento deste com o tráfico de drogas. A motivação, segundo o delegado, foi a disputa por território no comércio de entorpecentes, mas ele não associou a situação a facções criminosas.
“Esses indivíduos eram da Vila Emater, onde os veículos foram abandonados. Por conta do tráfico, haviam sido expulsos e tentaram se estabelecer no Ouro Preto. Foram novamente expulsos e, em busca de vingança, voltaram para atacar um parente da criança”, explicou o delegado.
De acordo com Tenório, o verdadeiro alvo do ataque está fora do estado. Familiares da criança reconheceram um dos homens mortos como sendo o ocupante do banco do carona de um veículo Mobi branco, usado no atentado. “O parente da criança havia deixado o local e, antes de sair, alertou que os responsáveis pela ameaça eram esses dois indivíduos. Dias depois, eles retornaram com o carro roubado e realizaram o ataque, que resultou na morte da menina. Esse desfecho trágico, que gerou grande repercussão, foi a única resposta possível para a situação", completou o delegado.
O delegado ainda esclareceu que a disputa entre os criminosos não envolvia facções criminosas, mas sim uma rixa por controle de pontos de venda de drogas. “Não se trata de brigas entre facções, mas de disputas por territórios de tráfico. Essa rixa não era novidade, já havia sido divulgada”, afirmou.
As investigações continuam, com a SSP agora focada em identificar se outras pessoas estiveram envolvidas diretamente no atentado. “O caso não está encerrado, pois pode haver outros envolvidos. A morte da criança foi uma fatalidade, e a Segurança Pública não permitirá que situações como essa se repitam”, concluiu o delegado.
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