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"caguei para a prisão"

Bolsonaro minimiza possibilidade de prisão e chama acusações de "golpe da Disney"

Por Redação com agências 20/02/2025 15h03
Bolsonaro minimiza possibilidade de prisão e chama acusações de 'golpe da Disney'

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) minimizou, nesta terça-feira (18), a possibilidade de ser preso após a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de liderar uma trama golpista em 2022. Em seu discurso, Bolsonaro afirmou que "caguei para a prisão", reagindo às especulações sobre sua detenção. Ele ainda questionou as alegações e lembrou de uma situação em que, segundo ele, "a turma que devolveu R$ 5 bilhões em delação premiada não tem nenhum preso".

Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para criticar a liberdade de expressão no Brasil e desqualificar as acusações, chamando o episódio de "golpe da Disney". O ex-presidente fez referência à sua presença em Orlando durante os ataques golpistas de 8 de janeiro de 2023. "Alguns falam que gente mais preparada que eu. Tem, aqui tem algumas dezenas, mas com o couro mais grosso que eu ninguém tem", disse. Ele continuou, afirmando que para denunciar alguém não é necessário um "calhamaço de 500 páginas" e que "quem fala muito não tem o que mostrar". “Estou tranquilo. É o golpe da Disney. Estava lá com o Pato Donald e o Mickey e tentei dar o golpe de 8 de janeiro aqui", ironizou.

A declaração foi feita durante o Primeiro Seminário de Comunicação do PL, em Brasília, e marcou a primeira manifestação pública de Bolsonaro após a denúncia da PGR. Caso as acusações sejam confirmadas, o ex-presidente poderá enfrentar penas cumulativas de até 50 anos de prisão.

Na terça-feira (18), Bolsonaro foi formalmente acusado, junto a outras 33 pessoas, pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet. As acusações incluem crimes como tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado e participação em organização criminosa.

Já na quarta-feira (19), o ministro Alexandre de Moraes determinou a remoção do sigilo dos depoimentos do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, que fez uma delação premiada à Polícia Federal. A decisão expôs detalhes das acusações feitas pelo militar.



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