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Oriente Médio

Israel inicia ampla ofensiva terrestre na Cidade de Gaza em meio a críticas da ONU

Operação militar avança rumo ao centro do que Tel Aviv chama de último reduto do Hamas; bombardeios intensos precederam invasão

Por Redação com G1 16/09/2025 10h10
Israel inicia ampla ofensiva terrestre na Cidade de Gaza em meio a críticas da ONU

Tropas israelenses iniciaram uma ofensiva terrestre em larga escala na Cidade de Gaza, a maior da Faixa de Gaza, na manhã de terça-feira (16), segundo informações divulgadas pelo governo de Israel e agências internacionais. A operação marca uma nova fase na tentativa de tomar o controle da região, considerada por Tel Aviv como o último reduto do grupo Hamas no território palestino.

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou em sua conta oficial no X (antigo Twitter) que "Gaza está em chamas" e que as Forças de Defesa de Israel estão "atacando com punho de ferro" a infraestrutura do Hamas. Katz declarou ainda que o objetivo é libertar reféns e eliminar completamente o grupo. “Não recuaremos e não desistiremos, até a conclusão da missão”, reforçou o ministro.

De acordo com um oficial militar israelense ouvido pela agência Reuters, as tropas estão avançando em direção ao centro da Cidade de Gaza e o número de soldados será ampliado nos próximos dias. Ele acrescentou que o Exército está preparado para manter a ofensiva "pelo tempo que for necessário".

Antes da entrada terrestre, Israel realizou um cerco aéreo de quase um mês, bombardeando diariamente a cidade e destruindo dezenas de arranha-céus, que, segundo as autoridades israelenses, eram usados pelo Hamas como bases operacionais.

A ação militar gerou forte reação da comunidade internacional. A ONU classificou a ofensiva como um "massacre" e pediu sua suspensão imediata. “Peço a Israel que pare com sua destruição indiscriminada de Gaza”, disse o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk. A agência da ONU para a infância também condenou a operação, considerando "desumano" exigir que crianças evacuem a cidade em meio aos combates.

A movimentação militar ocorre após a aprovação, em agosto, de um plano do gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para retomar todo o território da Faixa de Gaza, começando pela capital regional.

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