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ALE realiza audiência pública em Craíbas para ouvir moradores sobre impactos da mineração na cidade
A Assembleia Legislativa de Alagoas (ALE) promoveu, nesta quarta-feira (24), uma audiência pública na Câmara de Vereadores de Craíbas para ouvir os moradores afetados pelas atividades da Mineração Vale Verde, responsável pela operação da Mina Serrote, localizada no Agreste alagoano. A reunião foi presidida pelo deputado Ronaldo Medeiros (PT) e contou com a presença dos parlamentares Ricardo Nezinho (MDB), Gilvan Barros (MDB), Breno Albuquerque (MDB), Silvio Camelo (PV) e Fernando Pereira (PP), além de representantes da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, da Secretaria de Direitos Humanos, da Defensoria Pública, do Instituto do Meio Ambiente (IMA) e do Ministério Público (MP).
A mineradora, nos últimos meses, tem sido alvo de diversas denúncias por parte dos moradores da região. Durante a audiência, foram apresentados relatos sobre rachaduras em residências, tremores de terra, barulho constante, excesso de poeira, risco de contaminação de rios e sérios prejuízos à saúde e à agricultura local. Moradores expressaram grande preocupação com os impactos da exploração mineral, afirmando que, após quatro anos de atividade, não é mais possível viver na área, e pediram a relocação das famílias e uma indenização justa.
"Percebemos que, depois de quatro anos de exploração, já não é mais possível morar naquela região. E daqui a 10, 15, 20 anos? Todos os estudos indicam que quanto mais próximas as explosões, maior a incidência de rachaduras. Permanecer ali não tem mais condições. Queremos relocação, indenização justa e monitoramento constante da qualidade do ar, da água, do barulho e do trânsito", afirmou um morador.
O deputado Ricardo Nezinho (MDB) destacou a importância de ouvir tanto a população quanto a mineradora e os órgãos fiscalizadores para buscar uma solução equilibrada. Ele ressaltou o papel da ALE em fiscalizar as ações da mineradora e cobrar transparência em relação aos recursos financeiros provenientes da mineração para o município de Craíbas.
“É importante ouvir os dois lados e buscar informações técnicas. A Assembleia não está omissa, e precisamos saber como a mineradora está operando. Se ela vai sair, precisamos garantir que deixe saudades e não danos irreversíveis. Vamos trabalhar para que haja equilíbrio entre os benefícios e os riscos para a comunidade”, afirmou Nezinho.
Ronaldo Medeiros (PT), presidente da comissão, reforçou a gravidade dos relatos e garantiu que a Assembleia Legislativa continuará acompanhando a situação de perto. Ele anunciou que um documento será elaborado e encaminhado aos órgãos competentes, incluindo autoridades em Brasília.
“O que ouvimos aqui é muito grave. Vamos levar esse debate para os órgãos especializados e cobrar uma resposta. A mineração traz recursos, mas, se as empresas retiram tudo do subsolo e deixam apenas as consequências, o prejuízo é maior que o benefício. Não podemos permitir que a população continue sofrendo danos”, destacou Medeiros, que comparou a situação com o caso da Braskem em Maceió, alertando para a necessidade de ação imediata.
O deputado também enfatizou que, ao contrário do que ocorreu em Maceió com a Braskem, onde os danos só foram reconhecidos após décadas de exploração, em Craíbas é preciso agir enquanto o problema ainda está em fase inicial.
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