Quatro dias após o atropelamento que resultou na morte do professor Erik Maximiano da Silva, de 52 anos, na Barra de São Miguel, o motorista envolvido no acidente se apresentou à Polícia Civil para prestar depoimento. O fato ocorreu no último sábado (20), na rodovia AL-101 Sul, enquanto a vítima pedalava.

O condutor, que não possui habilitação, admitiu ter deixado o local sem prestar socorro. Em depoimento à delegada Liana Franca, ele alegou ter acreditado que o ciclista já estava morto ao ver sangue no capacete e afirmou ter temido ser agredido por populares. Mesmo assim, não acionou o resgate nem comunicou a ocorrência à polícia. O homem foi liberado após o depoimento e responderá em liberdade.

Segundo sua versão, o professor pedalava no acostamento quando teria feito uma manobra em direção à pista, impossibilitando a frenagem do carro, que estava a cerca de 90 km/h. O impacto lançou a vítima a aproximadamente 20 metros de distância, onde caiu em uma área de vegetação.

O motorista, residente em Limoeiro de Anadia e funcionário de uma empresa de polpas de fruta, se apresentou à delegacia acompanhado de advogado. Ele será investigado por homicídio culposo (sem intenção de matar), omissão de socorro e condução de veículo sem habilitação.

O Instituto de Criminalística foi acionado para realizar a perícia, e o laudo técnico ajudará a Polícia Civil a concluir o inquérito, que será encaminhado à Justiça.

A morte de Erik comoveu a comunidade. Professor da rede pública em Campo Alegre, ele era especialista em nutrição esportiva e conhecido por seu envolvimento com a educação e o esporte. Um de seus projetos mais lembrados é o Projeto Fênix, que oferecia atividades como futsal, judô e dança para crianças e adolescentes.