O comércio clandestino das chamadas canetas emagrecedoras no Distrito Federal vai muito além dos corredores estreitos da Feira dos Importados de Brasília (FIB), o maior centro popular de vendas da região.

De acordo com apuração da reportagem, o medicamento, trazido ilegalmente do exterior e negociado por valores que podem ultrapassar R$ 4 mil, é transportado e entregue pelas principais vias da capital e também em cidades do Entorno.

Durante a investigação, foi possível observar que os vendedores não apenas oferecem o produto abertamente, mas também fazem propaganda e organizam as entregas de forma informal, prometendo levar as canetas a qualquer local solicitado.

Para atrair compradores, alguns vendedores oferecem frete gratuito para regiões próximas, enquanto cobram pequenas taxas para locais mais distantes, alegando que o valor serve apenas para cobrir o combustível.

Em uma das bancas, o negócio é administrado por uma mesma família: o dono do ponto é casado e cunhado das duas mulheres que fazem as vendas, enquanto o pai delas é o responsável pelas entregas.

O homem que realiza o delivery também afirmou usar o produto. A filha dele garantiu à reportagem que o negócio é seguro e que toda a família utiliza a substância, assegurando a eficácia do medicamento.

Em outro estande, um comerciante destacou que o produto chega “da forma correta”. “Vem no isopor com gelo, mas tem que guardar na geladeira, tá?”, explicou.