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Postalis afasta diretores ligados ao PL em meio à reorganização da base do governo
Decisão do fundo de pensão dos Correios ocorre após sinalização do Planalto de que só permanecerão em cargos estratégicos aliados fiéis às votações do governo no Congresso
O fundo de pensão dos funcionários dos Correios, o Postalis, decidiu exonerar dois diretores com ligações ao Partido Liberal (PL), legenda do ex-presidente Jair Bolsonaro. A decisão foi tomada em reunião extraordinária do conselho deliberativo realizada nesta quinta-feira (16) e faz parte de um movimento mais amplo de reorganização política do governo federal.
Foram afastados Walison de Melo Costa, que ocupava a diretoria de Gestão Previdencial, e Hugo Lancarter, responsável pela diretoria de Investimentos. Lancarter permanecerá no cargo apenas até a nomeação de seu substituto, que já foi indicado: Renne Flud Bueno deve assumir o posto nas próximas semanas.
As mudanças no Postalis não ocorreram isoladamente. Elas refletem uma orientação do Palácio do Planalto de revisar cargos em estatais e fundos de pensão que estejam sob influência de partidos que não têm garantido apoio consistente nas votações do Congresso Nacional. A medida busca reforçar o controle político e evitar novas derrotas em pautas consideradas prioritárias para o governo.
Nos bastidores, a troca de dirigentes é vista como uma resposta direta à recente perda de apoio em votações importantes, o que expôs fragilidades na articulação com a base parlamentar. A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que o governo fará as mudanças “com responsabilidade”, mas deixou claro que o alinhamento no Congresso será condição indispensável para manter posições em estruturas públicas.
O PL, principal partido de oposição, ainda mantém indicações em outros órgãos, mas deve perder espaço à medida que o governo amplia a influência de siglas aliadas mais fiéis, como o PSD, MDB e União Brasil. A reestruturação, segundo fontes próximas à articulação política, deve atingir também outras estatais e fundos de pensão controlados por ministérios estratégicos.
Para integrantes do governo, o movimento é considerado essencial para garantir estabilidade política e aprovar projetos econômicos e administrativos no fim do ano. Já entre parlamentares de oposição, as exonerações são vistas como uma tentativa de “aparelhamento” e de uso político de cargos públicos.
O Postalis, que administra recursos bilionários dos servidores dos Correios, é historicamente um espaço de disputa entre partidos e grupos de influência. Com a nova composição, o fundo passa a refletir o esforço do governo em consolidar sua base e reduzir o poder de adversários dentro da máquina pública.
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