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Integração educacional

Lula defende criação de “doutrina latino-americana” e reage a críticas externas ao Brasil

Durante evento em São Bernardo do Campo, presidente afirma que o país não aceitará intimidações estrangeiras

Por Redação com agências 19/10/2025 16h04
Lula defende criação de “doutrina latino-americana” e reage a críticas externas ao Brasil
Presidente Lula (PT) - Foto: Evaristo SA / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu, neste sábado (18), a criação de uma “doutrina latino-americana” voltada à autonomia política, educacional e econômica dos países da região. O discurso foi feito durante um encontro com estudantes da Rede Nacional de Cursinhos Populares, em São Bernardo do Campo (SP), e reforçou o tom de soberania e integração regional que o governo vem adotando nos últimos meses.

Lula afirmou que o Brasil não aceitará ser tratado com desrespeito por outras nações e que o país deve se posicionar com firmeza no cenário internacional. “Não é uma questão de coragem, é uma questão de dignidade, de caráter. Nenhum presidente de outro país vai falar grosso com o Brasil”, declarou. Segundo ele, é hora de fortalecer o sentimento de identidade latino-americana e de independência frente às potências mundiais.

Durante o evento, o presidente destacou a importância da educação como base para essa nova doutrina. Ele citou universidades criadas para promover a integração regional, como a Universidade da Integração Latino-Americana (Unila) e a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), defendendo que instituições semelhantes possam ampliar a formação de professores e estudantes em toda a América Latina.

Para Lula, o fortalecimento da educação regional é o caminho para que o continente alcance autonomia política e tecnológica. Ele ressaltou que “nenhum país se desenvolveu sem investir na educação” e disse acreditar que o intercâmbio entre universidades latino-americanas ajudará a construir uma visão de mundo mais justa e solidária.

O presidente também aproveitou o encontro com estudantes para reforçar o compromisso do governo com a ampliação dos programas de acesso ao ensino superior. Ele anunciou a intenção de expandir a Rede de Cursinhos Populares para até 500 unidades em todo o país, garantindo mais oportunidades para jovens de baixa renda ingressarem nas universidades públicas.

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