Um levantamento do portal Poder360 aponta que o Brasil deve destinar R$ 441 bilhões em 2025 para programas de transferência de renda e assistência social, somando recursos da União, estados, Distrito Federal e municípios. O montante confirma o avanço do modelo de Estado de bem-estar social e reforça a tendência de crescimento dos gastos públicos iniciada no período pós-pandemia.

O Bolsa Família, principal programa de assistência do governo federal, atendeu 18,9 milhões de famílias em outubro, o equivalente a 49,4 milhões de pessoas. Após atingir o recorde de 21,9 milhões de beneficiários em 2023, o governo realizou revisões cadastrais que reduziram o custo anual para R$ 158,6 bilhões, abaixo dos R$ 168,2 bilhões registrados em 2024.

Outro destaque é o Benefício de Prestação Continuada (BPC), que hoje alcança 6,5 milhões de beneficiários, um aumento de 27% em relação a 2023. Apenas em agosto de 2025, o programa consumiu R$ 9,9 bilhões do orçamento. Desde 2023, decisões judiciais adicionaram cerca de R$ 30 bilhões às despesas, correspondendo a 15% das novas autorizações de pagamento.

Na educação, o programa Pé-de-Meia, que concede bolsas mensais de R$ 200 e bônus anuais de R$ 1.000 para estudantes de baixa renda cadastrados no CadÚnico, deve consumir R$ 12,5 bilhões em 2025, frente a R$ 9,2 bilhões no ano anterior. A iniciativa já beneficia 4 milhões de alunos, incluindo participantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA).

Estados e municípios ampliam políticas locais

Além do governo federal, estados e prefeituras vêm reforçando suas ações de assistência social. O levantamento identifica 37 programas estaduais, com custo total de R$ 6 bilhões por ano. Bahia, Maranhão e Alagoas lideram os investimentos entre as administrações locais.