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AVC Dá Sinais

Programa alagoano usa tecnologia e agilidade para salvar vítimas de AVC

Por Redação 30/10/2025 16h04
Programa alagoano usa tecnologia e agilidade para salvar vítimas de AVC

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) continua sendo uma das principais causas de morte e incapacidade no mundo. A cada segundo, alguém sofre um derrame, e a cada seis segundos, uma vida é perdida em consequência dele. Em Alagoas, porém, esse cenário começa a mudar com a expansão do programa AVC Dá Sinais, criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) para acelerar o diagnóstico e o tratamento da doença.

Desde 2021, o programa já identificou mais de 7 mil casos suspeitos de AVC, dos quais 4.435 foram confirmados. Nesse período, 531 pacientes receberam trombólise — tratamento que dissolve o coágulo causador do AVC isquêmico — e 141 passaram por trombectomia mecânica, procedimento mais complexo que remove o coágulo com o auxílio de um cateter.

Hospitais como o Metropolitano de Alagoas, o Geral do Estado e os regionais do Alto Sertão, da Mata, do Norte e do Agreste são referência no atendimento. Nessas unidades, a rapidez no diagnóstico tem sido decisiva para reduzir sequelas e aumentar as chances de recuperação.

Um dos diferenciais do “AVC Dá Sinais” é o uso de tecnologia. O programa utiliza o aplicativo de telemedicina Join, que conecta profissionais de saúde de UPAs, hospitais e do Samu em tempo real. A ferramenta permite que exames de imagem, como tomografias, sejam avaliados rapidamente por especialistas, encurtando o tempo entre o atendimento inicial e o início do tratamento — um fator determinante para salvar vidas.

Para o neurologista Matheus Pires, coordenador do programa, informação e rapidez são as melhores armas contra o AVC. “Até 90% dos casos podem ser prevenidos com o controle de fatores de risco como hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo, sedentarismo e obesidade. O atendimento precoce é o que faz toda a diferença”, explica.

Além do uso da tecnologia, o programa também investe na capacitação de profissionais e em ações educativas, orientando a população sobre como reconhecer os primeiros sinais do derrame: fraqueza em um lado do corpo, dificuldade para falar, alterações na visão ou perda de equilíbrio.

Gratuito e disponível pelo SUS, o “AVC Dá Sinais” se consolida como uma das principais estratégias do estado para reduzir mortes e sequelas causadas por uma das doenças mais letais do mundo.

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