Uma operação de reintegração de posse foi realizada na manhã desta quarta-feira (12) na Fazenda Laranjal, localizada no Povoado Laranjal, zona rural de Arapiraca, no Agreste de Alagoas. A ação foi determinada por decisão judicial e resultou na retirada de cerca de 75 famílias ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que ocupavam a área há alguns meses.

Segundo informações da Polícia Militar, a operação contou com um forte esquema de segurança, envolvendo aproximadamente 150 agentes do 3º Batalhão de Polícia Militar (3º BPM). O objetivo era garantir o cumprimento da ordem judicial e evitar qualquer tipo de confronto entre os ocupantes e as equipes de desocupação.

Além das forças policiais, participaram da ação representantes do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), do Conselho Tutelar, da Secretaria Municipal de Saúde, da Secretaria de Desenvolvimento Social, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

As equipes acompanharam todo o processo de desocupação, prestando atendimento médico e assistência social às famílias. Segundo a Secretaria de Desenvolvimento Social, foram disponibilizados serviços de acolhimento, transporte e alimentação para as pessoas que deixaram o local.

De acordo com informações preliminares, a operação transcorreu de forma pacífica, sem registro de feridos ou confrontos. A Polícia Militar destacou que os trabalhos foram conduzidos com base em protocolos de segurança e respeito aos direitos humanos, buscando minimizar os impactos sobre as famílias.

A área da Fazenda Laranjal pertence a uma propriedade privada que, segundo a decisão judicial, foi invadida sem autorização. O Incra acompanha a situação para avaliar eventuais alternativas de reassentamento ou inclusão das famílias em programas de reforma agrária.

Moradores da região relataram que o acampamento já existia há algum tempo e que muitos dos ocupantes viviam em barracos improvisados, dependendo de doações e da produção agrícola de subsistência. Apesar da tensão inicial, o clima foi de tranquilidade durante a ação.

Com a desocupação concluída, a área foi devolvida ao proprietário, e as famílias deverão ser acompanhadas pelos órgãos sociais competentes.