A Ucrânia retomou as articulações para reaver prisioneiros mantidos pela Rússia e tenta garantir o retorno de aproximadamente 1.200 detidos. O presidente Volodymyr Zelensky confirmou neste domingo (16) que o governo voltou a empenhar esforços para reativar o mecanismo de trocas, ao lado do chefe do Conselho de Segurança, Rustem Umerov.

Poucas horas antes da declaração de Zelensky, o Ministério da Defesa russo informou ter derrubado 57 drones ucranianos durante a madrugada, segundo a agência estatal Tass.

Em pronunciamento divulgado no Telegram, Zelensky afirmou que o tema tem mobilizado intensamente a diplomacia ucraniana.
“Estamos trabalhando para que as trocas sejam retomadas. Reuniões, negociações e ligações têm se concentrado nisso”, disse.

No dia anterior, Umerov relatou que participou de rodadas de discussões na Turquia e nos Emirados Árabes Unidos, com apoio de países parceiros. De acordo com ele, as conversas levaram as partes a concordar em revisitar os entendimentos assinados em Istambul, base das grandes trocas de prisioneiros realizadas em 2022.

“Após as reuniões, houve consenso em retomar os acordos de Istambul, que envolvem a libertação de 1.200 ucranianos”, afirmou o chefe de segurança, também via Telegram. A Rússia, até o momento, não deu resposta pública às declarações.

Os acordos firmados em Istambul estabeleceram regras para operações de troca em larga escala entre os dois países. Embora milhares de detidos já tenham sido libertados desde então, o processo tem sido marcado por longos intervalos e interrupções causadas pelo avanço dos combates desde fevereiro de 2022.

Umerov acrescentou que novas reuniões devem ser realizadas nos próximos dias para definir os próximos passos.
“Estamos atuando de forma contínua para que esses ucranianos possam voltar para casa e celebrar o Ano Novo e o Natal ao lado da família”, destacou.