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Médica suspeita de matar ex-marido diz que atirou por medo de morrer
Ela afirma que vivia sob ameaças, possuía medida protetiva e acreditou estar caindo em uma emboscada no momento do crime
A médica suspeita de matar a tiros o ex-marido, também médico, na tarde de domingo (16), em Arapiraca, declarou à imprensa que agiu por medo de ser assassinada. Segundo ela, as ameaças constantes e a presença repentina do ex-companheiro nas proximidades de sua casa a fizeram acreditar que estava diante de uma emboscada.
A profissional relatou que a situação teria começado cerca de um ano e meio atrás, quando denunciou o ex-marido por abuso de vulnerável contra a filha do casal. Após 22 anos de casamento, ela afirmou ter procurado a polícia ao perceber comportamentos da criança que interpretou como pedidos de ajuda. Funcionárias da residência e a escola também teriam apontado sinais preocupantes.
De acordo com a médica, o inquérito conduzido pela delegada responsável indicou elementos que reforçariam a suspeita de abuso, levando o caso à 1ª Vara de Arapiraca. A criança foi ouvida em oitiva especial, mas o pai não chegou a ser preso. Ela afirma ainda que o juiz não teria acessado arquivos anexados por link, que, segundo ela, continham provas relevantes.
A mulher diz que recebeu medida protetiva após relatar ameaças. Segundo seu depoimento, o ex-marido mencionava um primo que a atacaria caso ele fosse preso. Ela também conseguiu medida protetiva contra esse parente e contou que, na semana anterior ao crime, o homem foi visto nas proximidades do posto de saúde onde ela trabalhava. A Patrulha Maria da Penha foi acionada, mas ele teria apresentado documento falso e fugido.
No domingo, segundo seu relato, ela se preparava para ir ao salão de beleza quando viu o ex-marido parado de carro na esquina de sua rua, no povoado Capim, acompanhado de sua cunhada. A médica afirmou que a cena reforçou a sensação de estar prestes a sofrer um ataque.
Ela disse que, tomada pelo pânico, desceu do veículo e realizou os disparos após perceber um “movimento brusco” da vítima. Declarou ainda que fechou os olhos antes de atirar. A médica destacou que possuía porte e posse de arma desde 2020, por residir na área rural, e que o ex-marido estava obrigado judicialmente a manter distância mínima de 300 metros dela.
Após os tiros, moradores do local teriam começado a se aproximar. Temendo ser linchada, a mulher deixou o local e decidiu viajar até Maceió para procurar seu advogado. No trajeto, foi abordada pela Rotam, detida e encaminhada à delegacia, onde prestou depoimento.
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