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CPMI do INSS aponta indícios de roubo que pode chegar a R$ 90 bilhões em consignados
A abertura do Jornal Gente trouxe nesta manhã um novo alerta sobre a dimensão do esquema de fraudes contra aposentados do INSS. O comentarista Cláudio Humberto destacou as revelações feitas pelo deputado Alfredo Gaspar, relator da CPMI que investiga o roubo bilionário aos beneficiários da Previdência. Segundo o parlamentar, a estimativa inicial de R$ 6,3 bilhões, apontada pela Polícia Federal quando o caso veio à tona em abril, pode ter sido largamente superada.
Gaspar afirmou que o valor desviado apenas por meio de descontos associativos não autorizados pode alcançar R$ 10 bilhões — número considerado provisório, mas que já dobra a projeção inicial. O relator descreveu o esquema como um mecanismo operado por sindicatos, associações e intermediários, que efetuavam cobranças indevidas em escala industrial, com a cumplicidade de servidores e proteção de agentes políticos.
Apesar da gravidade desses valores, o deputado ressaltou que esse montante pode representar apenas uma parte do prejuízo total. Segundo Gaspar, a CPMI, em conjunto com a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal, encontrou indícios robustos de um esquema ainda mais amplo envolvendo empréstimos consignados contratados sem que os aposentados tivessem conhecimento. De acordo com ele, muitos beneficiários sequer percebiam que estavam sendo vítimas de golpes, em razão da complexidade dos lançamentos e do desconhecimento sobre a origem das operações.
A estimativa apresentada pelo relator aponta para um possível desfalque superior a R$ 90 bilhões, valor nove a dez vezes maior do que o escândalo inicialmente investigado. Gaspar classificou o episódio como um “assalto monstruoso” contra aposentados e pensionistas, indicando que a participação de instituições financeiras também passou a ser considerada diante de indícios de irregularidades na liberação dos consignados.
O deputado afirmou estar convencido de que a CPMI deve aprofundar a apuração dessa vertente específica a partir de fevereiro, após o recesso parlamentar. Segundo ele, é necessária uma investigação mais detalhada sobre a contratação criminosa de empréstimos consignados em nome de aposentados sem autorização, o que justificaria a prorrogação dos trabalhos do colegiado por mais 90 dias.
Outra possibilidade cogitada pelo relator é a criação de uma nova CPI dedicada exclusivamente ao tema, decisão que caberia à cúpula do Congresso Nacional. Para Gaspar, o essencial é garantir que o esquema dos consignados não fique sem investigação, dada a magnitude dos prejuízos e o impacto direto sobre milhões de beneficiários da Previdência.
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