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Banqueiro preso

Justiça Federal mantém prisão de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master

Banqueiro é alvo da Operação Compliance Zero, que apura fraudes bilionárias em títulos e investimentos

Por Redação com G1 20/11/2025 10h10
Justiça Federal mantém prisão de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master

A Justiça Federal decidiu, nesta quinta-feira (20), manter a prisão do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro. A determinação é da desembargadora Solange Salgado da Silva, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), que negou um pedido de liminar apresentado pela defesa do executivo. Com isso, Vorcaro permanece detido enquanto seguem as investigações da Polícia Federal.

Além da liminar, a defesa do banqueiro também protocolou um pedido de habeas corpus no TRF1. O recurso ainda será analisado, mas não há data marcada para julgamento. Vorcaro e outros seis executivos ligados ao Banco Master foram presos durante a Operação Compliance Zero, deflagrada nesta semana pela Polícia Federal.

Segundo as investigações, o grupo é suspeito de participar de um esquema de fraude na venda de papéis ao Banco BRB, de Brasília, além da comercialização de títulos de crédito considerados falsos. Entre as irregularidades apontadas pela PF, estão Certificados de Depósito Bancário (CDBs) que prometiam rendimentos até 40% superiores à taxa básica do mercado, retorno que seria impossível de ser entregue aos investidores.

A Polícia Federal estima que o esquema pode ter movimentado cerca de R$ 12 bilhões. Os investigadores afirmam que o Banco Master utilizava os investimentos irregulares para atrair clientes, enquanto mascarava prejuízos e inconsistências nos ativos apresentados ao mercado e a outras instituições financeiras.

A prisão de Vorcaro ocorreu poucas horas após a Fictor Holding Financeira anunciar a compra do Banco Master, em um consórcio de investidores. Entretanto, a operação foi inviabilizada após o Banco Central decretar, na terça-feira (18), a liquidação extrajudicial da instituição. Além disso, o BC determinou a indisponibilidade dos bens dos controladores e ex-administradores, o que suspendeu automaticamente qualquer negociação de aquisição.

O Banco Central já havia rejeitado, em outubro, uma tentativa de compra do Banco Master pelo BRB (Banco de Brasília). Agora, com a liquidação extrajudicial em andamento e a continuidade da Operação Compliance Zero, o futuro da instituição permanece indefinido, enquanto os investigados seguem à disposição da Justiça.

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