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Isolado e frustrado, Pacheco vê ruir expectativa de vaga no STF após sinalização de Lula
Após anos blindando o Judiciário e enfrentando pressões políticas, o presidente do Senado se sente traído por Lula e pelo STF
Aliados próximos ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), relatam um clima de forte frustração e desapontamento no entorno do senador após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sinalizar que seu preferido para a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) é o atual Advogado-Geral da União, Jorge Messias. A indicação ainda não foi formalizada, mas é tratada no governo como decisão praticamente tomada.
Segundo interlocutores, Pacheco avaliava que seu nome estava entre os mais cotados para o STF, especialmente após anos de atuação em defesa do Judiciário durante o governo Jair Bolsonaro. O comunicado de Lula foi considerado um “golpe duro” por aliados, que classificam o episódio como um erro político com impacto pessoal e institucional para o senador.
Desgaste e sensação de isolamento
No entorno de Pacheco, a avaliação é de que ele vive momento semelhante ao que enfrentou Rodrigo Maia, que, após se posicionar contra o bolsonarismo, acabou isolado politicamente. Auxiliares afirmam que Pacheco abriu mão de construir uma identidade própria, enfrentou pressões da direita e acreditava que essa postura o credenciaria naturalmente para uma vaga na Corte.
O favoritismo de Messias, portanto, foi recebido como uma derrota irreversível.
A escolha de Lula por Messias gerou perplexidade entre aliados do senador. Pessoas próximas afirmam que Pacheco considera “inexplicável” ter sido preterido por alguém que, em sua visão, teve participação discreta nos episódios que levaram à reabilitação política do presidente.
Um aliado resumiu o sentimento: “Para Pacheco, nada justifica Lula preferir Messias.”
Queixas ao Planalto e ao STF
As reclamações do grupo de Pacheco também se estendem ao Supremo. Segundo aliados, tanto ele quanto o senador Davi Alcolumbre entendem que a Corte, que foi protegida e fortalecida por ambos durante seus mandatos — não atuou para defender o nome de Pacheco junto ao governo.
Nos bastidores, a irritação é clara: “O STF foi empoderado por ele, e agora não move uma palha.”
Ao longo dos últimos anos, Pacheco conteve crises institucionais, barrou pedidos de impeachment de ministros do Supremo patrocinados por aliados de Bolsonaro e manteve postura de defesa do Judiciário. A expectativa era que esse movimento abrisse portas para o STF.
Agora, aliados reconhecem que o cálculo político falhou: Pacheco se desgastou com a direita, não conquistou apoio consistente da esquerda e pode ter comprometido seu futuro político.
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