O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, destacou nesta segunda-feira (24) o fortalecimento das relações com China e Rússia, em meio ao aumento das tensões com os Estados Unidos após a inclusão do chamado Cartel dos Sóis na lista de organizações terroristas estrangeiras.

Durante transmissão no canal estatal, Maduro afirmou que a parceria com a China se baseia em “confiança profunda, ampla e estável”, ressaltando que a cooperação entre os dois países resistiu a momentos críticos e agora passa por um período de ampliação.

O líder venezuelano também mencionou uma carta enviada pelo presidente russo, Vladimir Putin, reafirmando apoio a Caracas. Segundo Maduro, Venezuela e Rússia avançam em uma comissão intergovernamental que prevê novos acordos nas áreas petrolífera, financeira, militar, cultural, educacional e tecnológica.

As declarações de Maduro ocorrem logo após entrar em vigor a medida dos EUA que classifica o Cartel dos Sóis, supostamente ligado ao alto escalão do governo venezuelano, como organização terrorista. Washington afirma que o grupo seria liderado pelo próprio presidente, o que ele nega veementemente.

O governo venezuelano também rejeita a existência do cartel, enquanto especialistas afirmam que a estrutura atribuída ao grupo não corresponde a um cartel tradicional.