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Versões divergentes

Moraes determina perícia médica para comprovar diagnóstico de Alzheimer de Augusto Heleno

Ex-ministro apresentou versões divergentes sobre quando teria recebido o diagnóstico; laudo será feito por médicos da Polícia Federal em até 15 dias

Por Redação com G1 02/12/2025 10h10
Moraes determina perícia médica para comprovar diagnóstico de Alzheimer de Augusto Heleno
Alexandre de Moraes - Foto: Reprodução

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (1º) a realização de uma perícia médica no general da reserva Augusto Heleno, para confirmar o diagnóstico de Doença de Alzheimer. A avaliação será conduzida por médicos da Polícia Federal, com prazo de até 15 dias para emissão do laudo oficial.

A Doença de Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo que afeta principalmente memória, raciocínio e outras funções cognitivas, sendo a forma mais comum de demência em idosos. O exame solicitado por Moraes inclui avaliação clínica completa e análise detalhada do histórico médico do ex-ministro.

Na decisão, o ministro do STF destacou que há “informações contraditórias” apresentadas por Heleno e por sua defesa. O general da reserva, condenado a 21 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado, declarou, durante exame de corpo de delito realizado após sua prisão na quarta-feira (26), que convive com Alzheimer desde 2018.

Entretanto, em ofício enviado ao Supremo no sábado (29), a defesa de Heleno apresentou outra versão. Segundo os advogados, o general teria realizado exames apenas em 2024 e recebido o diagnóstico de Alzheimer em janeiro de 2025, levantando dúvidas sobre a real evolução do quadro clínico.

Diante da inconsistência das informações, Moraes ordenou que seja realizado um laudo pericial completo, incluindo exames laboratoriais que avaliem função da tireoide e níveis de vitamina B12, além de avaliações neurológicas e neuropsicológicas. Se necessário, exames de imagem como ressonância magnética e PET também deverão ser solicitados.

A perícia deverá verificar, especialmente, a memória e outras funções cognitivas de Augusto Heleno, além de apontar o eventual grau de limitação funcional decorrente de doenças neurodegenerativas. O resultado do laudo pode influenciar decisões judiciais sobre a execução da pena do ex-ministro.

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