Turismo
Turismo do azeite é a mais nova aposta de Gramado
Entre museus temáticos e eventos de rua com cenografia caprichada, Gramado viu nascer o primeiro complexo turístico do Rio Grande do Sul dedicado ao azeite de oliva da Serra Gaúcha, o Parque Olivas de Gramado.
O local oferta turismo rural em uma área preservada sobre um cânion do Rio Caí com 12 mil oliveiras, cuja primeira safra foi colhida, após um longo preparo do terreno que levou oito anos. A degustação Sensorial do Parque Olivas foi criada em 2020 e é uma experiência que começa com uma introdução sobre a olivicultura e os benefícios da dieta mediterrânea, e termina com análise sensorial de reconhecimento de um azeite de qualidade. Tudo isso acompanhado de harmonização de pratos com diferentes tipos de azeite, como as infusões com limão-cravo e baunilha, ervas da Provença e até canela.
Junto com a Serra da Mantiqueira, região montanhosa entre São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, o Rio Grande do Sul é um dos principais polos produtores de azeite de oliva extravirgem no Brasil.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Olivicultura (IBRAOLIVA), dos 230 mil litros de azeite produzidos no país, em 2019, o estado foi responsável por 180 mil litros, graças a altitude da região (os terroirs gramadenses estão a mais de 800 metros do nível do mar), estações bem definidas e equilíbrio entre horas de sol e temperaturas baixas.
Atração
Centro de Gramado, que atrai turistas por seu clima e belezas naturais, e que promete ganhá-los também por sua produção de azeite .
O resultado, independente dos processos de colheita e extração, são notas específicas de sabor e aroma, como tomate verde, alcachofra, avelã, castanha e couve.
Com cerca de 1.200 tipos de olivas no mundo, a produção de Gramado conta com seis varietais para extração (arbequina, picual, frantoio, koroneiki, coratina e manzanilla), cuja floração ocorre em setembro e a colheita manual, na segunda quinzena de março.
"A azeitona que gera o azeite não é a mesma que você come, pois as varietais para extração de azeite de oliva contêm menos polpa e mais óleo", explica André Bertolucci, azeitólogo e sócio do Olivas de Gramado.
É BOM? Diferente do vinho, "azeite bom é azeite novo", compara o azeitólogo. "Conforme envelhece, o azeite oxida e sofre alterações que influenciam no paladar e no aroma".
Na hora de comprar um bom azeite, o recomendado é observar o grau de acidez, que para ser um extravirgem precisa ser de 0,1 a 0,8.
O sommelier sugere também azeites que sejam produzidos no Hemisfério Sul, como Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, pois o produto tem menos intermediários até chegar na mesa do cliente.
Para quem quiser iniciar no mundo dos azeites, a dica é começar pelos monovarietais, cujas informações aparecem no rótulo.
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