Era necessário arrecadar R$25 mil para que o Centro Cultural Arte Pajuçara continuasse funcionado no mesmo endereço. Para conseguir o valor, uma ‘vakinha virtual’ foi aberta e os amantes da sétima arte contribuíram doando cerca de R$ 60 mil. Com o dinheiro arrecadado, o último cinema de arte de Maceió teve certeza de que suas portas não seriam fechadas quando foi assinado o Termo de Fomento viabilizado pelo Governo do Estado e pela mobilização de instituições e empresas.

Em maio, quando para arrecadar dinheiro foi lançada, Marcão falou ao Em Tempo Notícias sobre as dificuldades enfrentadas. “Manter esse espaço, ao longo dos anos, nunca foi fácil. Há períodos que variam, há fases que temos convênio, apoio do governo, empresas que anunciam, e há períodos também que tudo isso some e as coisas ficam complicadas. Entre 2015 e 2018, ficamos inadimplentes por alguns meses com o aluguel, tentamos inúmeras negociações. Houve problemas porque a empresa, dona do prédio, não quis mais o parcelamento do débito. A forma que encontramos para tentar quitar a dívida e manter o Cine Arte Pajuçara aberto, vivo é a ‘vakinha virtural' para, com nosso público e pessoas que colaboram, tentar arrecadar o valor e pagar o que devemos”, declarou.

Além dos R$ 60 mil arrecadados, o Termo de Fomento, assinado pelo governador Paulo Dantas, na quarta-feira (8), garantiu o aporte de R$ 200 mil, sendo R$ 100 mil para pagamento das dívidas dos alugueis do espaço e R$ 100 mil para locação de corujões para serem exibidos nos meses de junho e julho de 2022.

Em entrevista para o Alagoas Notícia Boa (ALNB), o diretor executivo do Arte Pajuçara, Marcos Sampaio, falou sobre o sentimento essa conquista. “É um misto de muita alegria, por estarmos resolvendo essa situação; e de alívio, porque foi um momento de muita pressão, uma questão que chegou à Justiça e a gente correu um sério perigo de perder o espaço”, recordou.