Amanda Pereira Santos, de 27 anos, era motorista por aplicativo e desapareceu na segunda-feira (15). Seu corpo foi encontrado nesta terça (16) com marcas de asfixia no bairro do Benedito Bentes. Para protestar contra o crime, profissionais da categoria se mobilizaram e fecharam as duas vias em frente ao Cepa [Centro Educacional de Pesquisas Aplicadas], no bairro do Farol.

Eles pedem às empresas e à Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP) medidas que possam garantir um trabalho seguro na capital, onde são frequentes casos de violência envolvendo a classe. Esta é a segunda mulher, somente este ano, que foi atacada em pleno serviço.

Um condutor que trabalha por aplicativo revelou que, diante da insegurança, a categoria tem adotado algumas providências simples, no cotidiano, para evitar se tornar novos alvos dos criminosos.

“Temos utilizado várias ferramentas e uma delas é mandar a localização em tempo real das nossas viagens em grupos em que estamos no WhatsApp. Outra estratégia é parar em locais com grande movimento de pessoas, como postos de combustíveis, para amenizar ou até desembarcar o passageiro que consideramos suspeitos”, destacou Luiz Valter de Araújo.

A vítima tinha aceitado uma corrida de Rio Largo para Marechal Deodoro, quando o marido dela, segundo a polícia, perdeu o contato com a mesma. O carro dela, um Voyage, foi localizado abandonado em um assentamento no bairro Cidade Universitária, próximo ao Conjunto Village Campestre II. A Polícia Civil investiga o crime.

VÍTIMA: Amanda era formada em Engenharia Civil, curso que concluiu há dois anos, porém não conseguia emprego na área. Desde então, ela trabalhava como motorista de app. Os familiares seguem na sede do IML, no Tabuleiro, onde aguardam a liberação do corpo. O sepultamento deve acontecer no final da tarde de hoje, porém o local ainda não foi informado pela família.