O senador e candidato ao governo de Alagoas, Rodrigo Cunha, apresentou notícia-crime na Superintendência da Polícia Federal (PF), nesta quarta-feira (17), contra o secretário estadual de Prevenção à Violência e delegado da Polícia Civil de Alagoas, Kelmann Vieira.

No documento, há pedido de instauração de inquérito para apurar as agressões e ameaças praticadas pelo secretário e por um de seus seguranças, além do afastamento de Kelmann das suas funções de secretário e medida cautelar para que ele seja proibido de se aproximar de Rodrigo Cunha.

Kelmann Vieira também será acionado para arcar com eventuais danos morais contra Rodrigo Cunha.

Ainda no bojo das ações preventivas contra a integridade física e moral do candidato ao governo de Alagoas, o escritório do advogado Thiago Pinheiro, responsável pelo jurídico de Cunha, também vai protocolar, na Corregedoria da Polícia Civil, procedimento que apure eventual falta funcional de Kelmann Vieira que, mesmo afastado de suas funções em razão de estar como secretário de Estado, pertence à instituição.

A notícia-crime é dirigida à superintendente da PF em Alagoas, delegada Juliana Sá. Conforme Thiago Pinheiro, a PF tem 30 dias para instaurar o procedimento, que deve ser tratado com urgência pela instituição, em virtude da gravidade do crime cometido contra um senador e candidato governador por Alagoas, nas eleições de outubro próximo.

“Os pedidos que constam na notícia-crime se justificam em muitos aspectos, sobretudo porque a política em Alagoas, infelizmente, possui um histórico de derramamento de sangue. Mais que isso, é pública a trágica histórica de violência na qual foi envolvido o próprio senador Rodrigo Cunha, que teve a mãe, a então deputada federal, Ceci Cunha, assassinada justamente por questões políticas”, declarou Thiago Pinheiro.

Na notícia-crime, o jurídico de Cunha relata que o segurança de Kelmann Vieira estava armado, e uma tragédia, na frente dos filhos de Rodrigo Cunha, não ocorreu em virtude da não reação e pacificidade do senador e candidato ao governo de Alagoas.

“Não foi algo simples o que aconteceu no dia do jogo do ASA. O senador Rodrigo Cunha estava com os filhos, o segurança do suspeito estava armado e uma reação, mínima do senador Cunha, poderia ter desencadeado uma tragédia, mais uma que entraria para a história de crimes violentos em nosso estado”, finalizou Thiago Pinheiro.