Alagoas
Comissões da OAB/AL fazem vistoria em área afetada pela mineração no Flexal
Em situação de ilhamento social, famílias não tiveram imóveis incluídos no mapa de risco da Braskem e desejam a realocação
Integrantes das Comissões de Defesa dos Direitos Humanos e Especial do Caso Pinheiro da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) estiveram, nesta quinta-feira (15), na comunidade do Flexal, em Bebedouro, para conhecer de perto a situação em que se encontram os moradores, que estão atualmente sem acesso a serviços básicos, convivendo com a violência em alta e sem perspectivas de melhorias.
Os problemas são decorrentes dos danos causados pela atividade mineradora da Braskem, que provocou a evacuação de importantes bairros da capital, inclusive o de Bebedouro. O Flexal, porém, não foi incluído no mapa de risco, o que acabou obrigando mais de 800 famílias a permanecerem no local, correndo riscos e precisando de transporte para compras básicas, tendo em vista que o comércio já não existe mais na região.
De acordo com Danielly Inês, membro da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos da Ordem, o que se viu durante a visita desta quinta-feira já não é novidade. Pessoas isoladas e com o desejo de serem realocadas da comunidade, para que possam refazer suas vidas com dignidade em outro local da cidade, onde possam contar com serviços e assistência do poder público.
“Nós fomos convidados por uma das lideranças do Flexal para observar de perto o que estão passando. Eles estão abandonados. São muitos casos de assaltos, as ambulâncias não entram no período da noite, carro por aplicativo também se recusa a entrar na comunidade. Os comércios fecharam e até para comprar um pão eles são obrigados a pegar um transporte para se dirigirem a bairros vizinhos, que ficam a cerca de três quilômetros de distância”, afirma Danielly Inês.
Os membros das comissões conversaram com os moradores e ouviram de muitos os relatos de adoecimento em razão dos problemas ocasionados pela Braskem. “Essas famílias estão obrigadas a viver lá. Muitas pessoas trabalharam anos para conseguir levantar a casa própria e agora se encontram nessa situação. Tem também muita gente doente, que desenvolveu ansiedade, depressão. Uma senhora contou que a avó dela morreu em decorrência da depressão por causa dessa situação”, acrescentou Danielly Inês.
Além dela, também participaram da visita os advogados Djalma Cavalcante e Cristiane Fernandes, da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos; e Thiago Paranhos e Wannessa Borba, da Comissão do Pinheiro. Diante de tudo o que presenciaram, os membros da Ordem vão avaliar de que forma poderão ajudar as famílias da comunidade e buscar, junto a outros órgãos e entidades, a realocação tão sonhada pelos moradores.
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